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Manuais dos novos Air Force One vão custar US$ 84 milhões

Governo dos EUA alega que valor elevado se devem as extensas mudanças realizada nos aviões


Atuais VC-25A, baseados no 747-200, completaram trinta anos de serviço e devem ser aposentados em breve

O governo dos Estados Unidos está avançando na substituição dos veteranos VC-25A, os famosos Air Force One, que completaram trinta anos de serviço. Embora os novos aviões sejam baseados na plataforma do 747-8I, os manuais da versão presidencial vão custar US$ 84 milhões (R$ 436 milhões). O valor é superior ao preço de lista dos caças F/A-18E Super Hornet, que custam aproximadamente US$ 70 milhões.

A justificativa oficial é que os aviões presidenciais estão sofrendo um amplo processo de modificações, recebendo as mais avançadas medidas de defesa existente, incluindo que a fuselagem seja reforçada para sobreviver a pulsos eletromagnéticos causados por explosões nucleares, sistemas de comunicações exclusivos, capsula de sobrevivência, além do interior VIP que inclui sala de reunião similar da Casa Branca, suíte presidencial, cozinha, espaço para a comitiva, entre outros.

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O elevado valor dos manuais está no fato de terem de ser completamente reescritos, visto que os aviões terão diferenças significativas em relação aos aviões comerciais. Foi também declarado que os manuais serão produzidos em total sigilo, fazendo com que o seu design e conteúdo de impressão tragam custos adicionais quando comparados com os manuais tradicionais usados por empresas aéreas.

Os dois novos 747-8I que estão sendo convertidos como VC-25B foram originalmente produzidos para a empresa aérea russa Transaero, que declarou falência em 2015. Os dois Jumbos ficaram no deserto, a espera de um comprador até o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aceitar adquirir os dois aviões, desde que houvesse um desconto no valor. Na ocasião o contrato para aquisição dos dois 747-8I e as respectivas conversões teve custo total de US$ 3,9 bilhões.

O programa todo deverá ter um custo final superior aos US$ 5,3 bilhões. Um contrato adicional para incluindo a compra de peças de eposição, equipamentos de suporte, treinamento e construção de novos hangares na base de Andrews, nos arredores de Washington, terão um custo extra de US$ 1,4 bilhão. 

Por Gabriel Benevides
Publicado em 16/04/2020, às 15h00 - Atualizado em 17/04/2020, às 16h27


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