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Determinação da FAA

Mais de 500 Boeing 767 devem passar por inspeção nos trens de pouso

EUA determinou inspeções rigorosas nos trens de pouso de mais de 500 Boeing 767, após incidente


Companhias aéreas devem substituir possíveis componentes danificados para garantir a segurança das operações - Felipe Carneiro
Companhias aéreas devem substituir possíveis componentes danificados para garantir a segurança das operações - Felipe Carneiro

A agência federal de aviação dos Estados Unidos emitiu uma diretiva de aeronavegabilidade na última quarta-feira (8), determinando que companhias aéreas inspecionem os trens de pouso de seus Boeing 767.

A medida entra em vigor em 12 de fevereiro e afeta 574 aeronaves das variantes -200, -300 e 300F (cargueiro) registradas no país. A determinação foi motivada por um incidente recente em que o trem de pouso dianteiro de um avião do modelo colapsou durante procedimentos de manutenção.

Segundo a FAA, a investigação revelou o uso de técnicas inadequadas de lixamento durante os trabalhos, com uma lixadeira operada fora dos parâmetros especificados, gerando calor excessivo. De acordo com o relatório do órgão, "essa exposição excessiva ao calor comprometeu a integridade do cilindro externo do trem de pouso, um componente crítico para o suporte estrutural". 

As inspeções obrigatórias exigem uma análise detalhada dos cilindros externos do trem de pouso para identificar sinais de danos causados por calor, como descoloração, trincas ou deformações. A agência acrescentou que a falha estrutural no cilindro externo pode "resultar na incapacidade de um elemento estrutural principal de suportar a carga limite". Isso representa um risco de colapso do trem de pouso, podendo levar à perda de controle da aeronave e a excursões fora da pista.

A diretiva determina que as companhias aéreas substituam os componentes que apresentarem evidências de danos térmicos após a inspeção. A Boeing informou que está colaborando com as autoridades e operadoras para garantir o cumprimento das medidas estabelecidas.

O 767 não faz mais voos de passageiros em nenhuma companhia aérea brasileira desde novembro de 2023, permanecendo apenas no transporte de cargas.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 10/01/2025, às 08h25


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