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Air France-KLM e Lufthansa veem lucros dispararem no 2.º trimestre

Air France-KLM e Lufthansa viram lucros ao menos dobrarem no 2º trimestre de 2025, impulsionadas por alta demanda aérea e renovação da frota


Air France-KLM e Lufthansa ampliam receitas e lucro operacional com expansão de capacidade, redução de custos e estratégias de transformação - Divulgação
Air France-KLM e Lufthansa ampliam receitas e lucro operacional com expansão de capacidade, redução de custos e estratégias de transformação - Divulgação

Em meio a crises geopolíticas e incertezas econômicas, os grupos Air France-KLM e Lufthansa apresentaram hoje (31), resultados financeiros robustos no segundo trimestre de 2025, com aumento de lucro operacional, crescimento de receita e continuidade em programas de reestruturação e renovação de frota.

O Lufthansa Group registrou lucro líquido de 1,01 bilhão de euros (R$ 6,44 bilhões) entre abril e junho, mais que o dobro do apurado no mesmo período do ano anterior. A receita avançou 3%, totalizando 10,3 bilhões de euros (R$ 65,7 bilhões). O desempenho foi impulsionado por expansão de 4% no programa de voos, com a participação na ITA Airways e forte atuação das divisões Lufthansa Cargo e Lufthansa Technik.

Carsten Spohr, CEO do grupo, disse que o ano de 2025 segue como “um período de transformação”, com impactos de atrasos em entregas de aeronaves, certificações e revisão de motores, além de pressão regulatória na Europa. Apesar dos desafios, Spohr afirmou que o grupo mantém a projeção de aumento significativo no lucro operacional ajustado para o ano.

Já a Air France-KLM reportou lucro operacional de 649 milhões de euros (R$ 4,14 bilhões) no segundo trimestre, quatro vezes maior do que o do mesmo período de 2024. A receita subiu 6,2%, atingindo 8,4 bilhões de euros (R$ 53,7 bilhões), impulsionada por todas as áreas de negócios. 

A estratégia de “premiumização” da Air France-KLM segue como destaque, com aumento da oferta em classes superiores e renovação da frota: 30% dos aviões do grupo já pertencem à nova geração, com metas de sustentabilidade. Benjamin Smith, CEO do grupo, enfatizou o avanço de alianças estratégicas, incluindo o movimento para aquisição majoritária da SAS Scandinavian Airlines, reforçando a presença no norte da Europa.

Ambos os grupos preveem crescimento de capacidade ao redor de 4% para 2025, apesar da baixa previsibilidade gerada por reservas de última hora, flutuações cambiais e custos variáveis de combustíveis.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 31/07/2025, às 08h58


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