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Greve na KLM pode afetar voos para o Brasil

Funcionários de solo da KLM farão greve de duas horas no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã


Paralisação de duas horas pode gerar atrasos em Amsterdã, mas companhia aérea assegura que todos os voos serão mantidos - Divulgação
Paralisação de duas horas pode gerar atrasos em Amsterdã, mas companhia aérea assegura que todos os voos serão mantidos - Divulgação

Funcionários da KLM farão uma paralisação de duas horas na próxima quarta-feira (10), entre 8h e 10h, no aeroporto de Schiphol, principal hub da companhia em Amsterdã. A ação é organizada por dois sindicatos que representam parte da equipe responsável por atividades como despacho de bagagens e atendimento de check-in.

A paralisação ocorre em resposta à disputa sobre um novo acordo coletivo de trabalho. A KLM assinou recentemente um pacto com três sindicatos, prevendo reajuste salarial de 2,25% até 2026.

Impasse trabalhista

Mesmo com acordo firmado, outros dois sindicatos rejeitaram a proposta. Para as entidades, o acordo não garante a proteção do poder de compra frente à inflação e não contempla demandas específicas, como o chamado “esquema de trabalho pesado” para funções fisicamente exigentes e maior oferta de contratos permanentes.

O aumento oferecido não acompanha o custo de vida e não assegura condições justas aos trabalhadores”, disseram em nota conjunta os sindicatos CNV e FNV.

Impactos no Brasil

Segundo a KLM, a paralisação pode causar atrasos no check-in e no manuseio de bagagens, mas os voos não serão cancelados. A companhia destacou que medidas de segurança estão em vigor e que os funcionários permanecerão no aeroporto, prontos para retomar atividades em caso de emergências.

A empresa orienta passageiros a chegar com antecedência a Schiphol e acompanhar atualizações em tempo real no site e aplicativo da KLM, que faz voos diários para São Paulo (GRU) e Rio de Janeiro (GIG), com partidas previstas para pouco mais de duas horas após o fim da paralisação.

Histórico de greve

Esta não é a primeira ação de mobilização dos sindicatos CNV e FNV em 2025. Tentativas anteriores em junho e julho foram barradas judicialmente por questões de segurança operacional.

A KLM não confirmou se recorrerá novamente à Justiça, mas manifestou desapontamento com a decisão sindical.

Um acordo já estava sobre a mesa. Acreditamos que essa paralisação é desnecessária, pois os sindicatos poderiam ter se juntado ao pacto existente”, declarou a companhia.

Perspectivas

O movimento reforça a tensão entre a KLM e parte de seus funcionários de solo. Enquanto a empresa busca garantir a continuidade das operações, os sindicatos pressionam por salários mais robustos e condições de trabalho aprimoradas.

O desfecho das negociações ainda é incerto, e os passageiros devem se preparar para possíveis impactos em futuras viagens.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 08/09/2025, às 09h18


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