Stratos 716X se destaca por ser um jatinho monomotor com desempenho de aeronaves de maior porte
Stratos 716X deverá ser a plataforma experimental para o desenvolvimento de um modelo certificado
A startup Stratos Aircraft vai levar para o EAA Air Venture, em Oshkosh, o 716X o seu novo monojato executivo. O modelo será disponibilizado inicialmente em forma de kit, prevendo no futuro ter uma versão certificada.
Um dos destaques do modelo é sua ampla cabine interna, com 1,46 m de largura e 1,40 m de altura, o que o torna um dos maiores aviões do segmento de entrada, rivalizando com o Cirrus Jet.
A Stratos Aircraft espera comercializar os primeiros 716X em versão de kit experimental, aliás o uso da designação X é uma referência ser um modelo experimental. O proprietário deverá adquirir um kit, com todas as peças e poderá montar com as equipes do fabricante o avião.
O conceito comum entre aeronaves leves, com motor a pistão, se tornou uma forma de capitalizar pequenas startups que planejam a certificação Far Part 23 da FAA, a autoridade de aviação civis dos Estados Unidos.
A intenção é que o modelo experimental possibilite uma cadência de produção, acumulo de horas de voo que poderão ser usadas na campanha oficial de ensaios em voo, assim como fluxo de caixa.
O Stratos 716 é o herdeiro direto do primeiro experimental da Stratos, o 714X, que emprega uma série de soluções inovadoras para a categoria, como a arrojada solução monoturbina e uso extensivo de materiais compostos.
mas também chama a atenção especialmente o fato de o avião ser apresentado como um genuíno membro da categoria VLJ (Very Light Jet), um conceito que prometia uma revolução no setor antes de sofrer uma série de percalços.
A fuselagem e as asas fazem amplo uso de materiais compostos, o que, além de reduzir o peso e aumentar a vida útil, permite obter um desenho aerodinâmico mais avançado, em relação as estruturas metálicas. Os primeiros testes demonstraram a escolha acertada do design geral da aeronave, que fez amplo uso de modelos computacionais na busca de um desenho que aliasse performance e espaço interno.
A instalação do motor na parte inferior da fuselagem, com duas entradas de ar nas laterais permitiu manter o propulsor em linha com o centro de gravidade. Também foi escolhido um braço longo (distância entre o centro de gravidade e o estabilizador horizontal) para um melhor equilíbrio da aeronave. Auxiliando na redução da dimensão geral da cauda e ainda ofereceu coeficiente máximo de sustentação das asas e o coeficiente máximo de sustentação da aeronave.
O 716 terá apenas um Pratt & Whitney Canada JT15D-5, de 2.900 lbf, que conta com EEC (Electronic Engine Control). Segundo o fabricante, a opção por dois motores exigiria uma aeronave com peso bruto 5% maior e gerar um peso total (aeronaves abastecida e com passageiros) aproximadamente 14% acima do atual, com consumo 10% superior a versão com motor único.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 19/07/2021, às 17h00 - Atualizado às 17h28
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