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Icon luta contra a falência

Icon Aircraft entra com pedido de falência nos EUA

A Icon Aircraft, fabricante do anfíbio A5, entrou com pedido de proteção contra falência na Califórnia


Pedido de proteção contra falência veio em um momento que a Icon desenvolve melhorias para suas aeroanves - Icon Aicraft
Pedido de proteção contra falência veio em um momento que a Icon desenvolve melhorias para suas aeroanves - Icon Aicraft

A Icon Aircraft, conhecida por produzir o avIão esportivo anfíbio A5 entrou com pedido de proteção contra falência (Chapter 11) na Califórnia. O pedido foi realizado em 4 de abril e contempla uma tentativa de resguardar o futuro do fabricante.

De acordo com um comunicado a Icon informou que mesmo o pedido do Chapter 11 pretende continuar as operações enquanto o processo de recuperação é elaborado e aprovado pelas autoridades e credores. Além disso, afirmou que cogita sua venda integral a eventuais interessados e que poderá ser feto sem quaisquer gravames.

O documento que versa sobre o pedido de falência lista uma dívida total em US$ 173,7 milhões, sendo US$ 3,3 milhões para fornecedores e US$ 170,4 milhões em notas sem garantia emitidas desde março de 2020, das quais 54,6% vieram da Pudong Science and Technology Investment (Cayman) Co. que, segundo os balanços financeiros, detém aproximadamente 50% do patrimônio da fabricante.

De acordo com especialistas, as tensões na cadeia de produção e de fornecimento durante a pandemia foram listadas como os principais motivos para as dificuldades da empresa, que culminou em uma sequência de pedidos de empréstimos, começando com US$ 12,5 milhões emprestados em março de 2020, seguido por outros US$ 23,9 milhões em janeiro de 2021.

“Planejamos continuar a produzir e vender aeronaves, fornecer serviços, treinamento e suporte de primeira linha aos nossos clientes”, disse Jerry Meyer, CEO da Icon Aircraft. “Acreditamos que este processo permitirá à empresa enfrentar os desafios atuais e emergir com uma nova propriedade – mais forte do que nunca”, concluiu o executivo.

Por Micael Rocha
Publicado em 10/04/2024, às 16h00


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