A FAA implementou restrições permanentes na operação de helicópteros na região do aeroporto Ronald Reagan, em Washington
A agência federal de aviação dos Estados Unidos, a FAA, anunciou na última sexta-feira (14), a imposição de restrições permanentes nas operações de helicópteros não essenciais ao redor do aeroporto nacional Ronald Reagan, em Washington.
A medida veio após uma colisão fatal no ar entre um Black Hawk do Exército norte-americano e um CRJ-700 que estava a serviço da American Airlines, em 29 de janeiro. As novas regras de segurança incluem o fechamento da chamada 'Rota 4', que passa entre Hains Point e a Ponte Wilson.
O comunicado da FAA informa que a maioria dos voos de helicópteros não essenciais será proibida na área, mas missões essenciais, como voos médicos de emergência, operações de fiscalização e transporte presidencial, terão permissão. Haverá ainda a proibição do uso simultâneo das pistas 15/33 e 4/22 durante missões urgentes realizadas por helicópteros.
We are continuing to restrict the DCA airspace to follow the recommendations of the @NTSB’s preliminary report about January’s tragic collision, but it’s not enough.
— Secretary Sean Duffy (@SecDuffy) March 12, 2025
We need to deliver a new, state-of-the-art air traffic control system that is the envy of the world. We owe it to… pic.twitter.com/azTMYfB4zV
Estudos estão sendo realizados em outros aeroportos norte-americanos, incluindo Boston (BOS), Nova York (JFK) e Chicago (ORD), que possuem rotas frequentes de helicópteros, além das operações offshore na costa do Golfo do México.
Em relação a operações de helicópteros específicas, a FAA disse que “está limitando o uso de separação visual para certas operações de helicópteros da Guarda Costeira, Marinha e Polícia de Parques fora do espaço aéreo restrito.” Essas ações surgem após uma série de recomendações do National Transportation Safety Board (NTSB) para reduzir o risco de colisões no ar na região.
Um relatório preliminar do órgão apontou que helicópteros operando a altitudes de 200 pés perto de aviões de passageiros em aproximação para pouso representam um risco significativo, com separações verticais de até 75 pés. Desde 2011, o NTSB registrou 85 incidentes de quase colisões entre helicópteros e aviões, o que destaca a necessidade urgente de mudanças.
Por sua vez, Sean Duffy, secretário de Transportes dos EUA, anunciou planos de usar inteligência artificial para detectar “pontos críticos”, onde interações próximas entre aviões ocorrem com frequência. Além disso, foi mencionado que o sistema de controle de tráfego aéreo será modernizado ao longo dos próximos quatro anos.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 17/03/2025, às 08h31
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