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Gol mantém projeção e metade de sua frota será composta pelo 737 MAX em 2025

Projeção da Gol considera uma frota de 75 aeronaves 737 MAX no ano de 2025


Boeing 737 MAX 8 em operação no aeroporto de Guarulhos - Luis Neves
Boeing 737 MAX 8 em operação no aeroporto de Guarulhos - Luis Neves

Os seguidos problemas de produção e atrasos nas entregas, não abalaram a confiança da Gol Linhas Aéreas junto à Boeing. Principal cliente da fabricante na América do Sul, a companhia manteve as projeções para o ano de 2025, quando metade de sua frota será composta por aeronaves 737 MAX.

No trimestre encerrado no último mês de março, a Gol não recebeu novos 737 MAX, terminando os três primeiros meses do ano com trinta e oito aeronaves do modelo, o que representou 26% de sua frota.

A frota da companhia totalizava 144 aeronaves no final de março, sendo 103 737NG, trinta e oito 737 MAX e três 737NG configurados para o transporte de carga. 

Em resposta enviada por e-mail a AERO Magazine, a Gol afirma que "sobre a questão das entregas, não tivemos alterações no planejamento, ainda que toda a indústria aeronáutica hoje esteja sofrendo com a cadeia de suprimento."

Seguindo o plano de modernização de sua frota, a companhia planeja encerrar este ano com cinquenta e três jatos MAX, aumentando para sessenta e cinco em 2024 e setenta e cinco em 2025.

Mesmo sem novos jatos e com o aumento das operações, com seus aviões voando em média 11,7 horas por dia, a transportadora reduziu em 2% consumo de combustível por hora operada, resultado alcançado decorrente das novas tecnologias do jatos MAX, que podem consumir até 20% menos quando comparado com as aeronaves da geração anterior.

Além da redução nos custos operacionais, os jatos de última geração permitiram a Gol diminuir em 16% as emissões de dióxido de carbono (CO2) em comparação ao 737NG.

Suspensão nas entregas

Na primeira quinzena de abril, a Boeing anunciou a suspensão nas entregas do 737 MAX, após identificar problemas na qualidade de peças que encaixam o estabilizador vertical e a fuselagem. 

Os erros em duas das oito aletas produzidas pela Spirit Aerosystems, responsável por grande parte da estrutura dos jatos, afetam significativamente o número de entregas e produção do avião de corredo único.

Além da falha que afeta inclusive os aviões produzidos em 2019, a cadeia de suprimentos tem afetado o ritmo de produção do principal produto da Boeing, que manteve a a projeção de entregar entre 400 a 450 unidades do 737 MAX em 2023.

A taxa de produção do programa 737 MAX está estabilizada em 31 unidades por mês. Ainda que esteja enfrentando problemas na produção, a empresa tem como meta produzir 50 aviões do modelo ao mês dentro do prazo de dois anos.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 28/04/2023, às 14h35


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