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Para otimizar negócios

Gigante GE se divide e marca focará somente na aviação

Criado por Thomas Edison, conglomerado se reestrutura após perdas bilionárias na última década


Sede da GE Aviation

A GE Aviation atualmente fabrica motores e tem unidades no Brasil | Foto: Divulgação

A General Electric ou GE, um dos maiores conglomerados industriais do mundo, vai se dividir em três empresas independentes de capital aberto. O anúncio foi feito na terça-feira (9), poucos dias depois do grupo concluir a venda da GE Capital Aviation Service (Gecas), divisão de arrendamento mercantil (leasing) de aeronaves, para a irlandesa AerCap.

O conglomerado que atua em diversas áreas será dividido em três empresas distintas. Em 2023 será criada uma unidade de saúde, onde a expectativa será manter uma participação de 19,9%.

Os negócios de energia renováveis, que inclui a produção de turbinas eólicas e a gás, serão reagrupados em uma única empresa, que também terá participação da GE.

Por fim, o nome General Electric será usado apenas no segmento aeronáutico, atualmente o mais rentável e com maior potencial de crescimento. Assim a empresa centenária ficará focada exclusivamente na aviação, participando apenas como acionista de outros negócios. Hoje, a GE Aviation fabrica motores turbo-hélice e turbofan nos Estados Unidos e tem participação na também fabricante CFM International, juntamente com a Safran. John Slattery, atual líder da área, continuará como o CEO da nova empresa. 

O conglomerado irá gastar US$ 2,5 bilhões (R$ 13,7 bilhões) na transição, que será concluída no início de 2024. 

Ao criar três empresas públicas globais líderes da indústria, cada uma pode se beneficiar de um maior foco, alocação de capital sob medida e flexibilidade estratégica para impulsionar o crescimento de longo prazo e valor para clientes, investidores e funcionários”, segundo o CEO do grupo, H. Lawrence Culp Jr.

A GE foi fundada em abril de 1892 por Thomas Edison, inventor da lâmpada, um dos principais carros-chefe da marca nos seus primeiros anos. 

A empresa foi duramente afetada na crise econômica de 2008, com o conglomerado perdendo bilhões de dólares. Com uma estrutura atendendo diversos segmentos, a GE sofreu com os impactos da crise em todos os seus negócios, mas sem agilidade para solucionar os problemas no curto prazo. Um dos mais duros golpes na companhia ocorreu em 2018, quando foi retirada do Dow Jones Industrial Average, um índice de referência de Wall Street, que a GE integrou por 111 anos.

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Marcel Cardoso
Publicado em 10/11/2021, às 09h15 - Atualizado às 15h04


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