AERO Magazine
Busca

Acima da velocidade do som

Futuro jato supersônico civil avança em seu desenvolvimento

Aerion seleciona sistema de câmeras e visão aprimorada para o AS2


Aerion avança no desenvolvimento do AS2 e prevê primeiro voo para meados de 2023

Dentro do processo de desenvolvimento do AS2, o futuro jato de negócios supersônico, da Aerion Supersonic, a empresa selecionou o sistema de visão aprimorado (EFVS, na sigla em inglês) ClearVision da Universal Avionics.

A plataforma EFVS incluirá uma câmera de alta resolução EVS-500, que trabalhará em conjunto com o sistema de visão sintética 3D. A tecnologia permitirá ampliar a capacidade do avião em operar em aeroportos críticos, especialmente localizados em regiões de montanha.

Além disso, o ClearVision deverá proporcionar melhorar a consciência situacional em casos de degradação da visibilidade, durante o dia e noite, permitindo realizar saídas e chegadas nos aeroportos com maior agilidade, economizando tempo e aumentando a eficiência operacional que é fundamental em uma aeronave supersônica.

Em meados de outubro a Aerion Supersonic havia anunciado a conclusão dos ensaios em túnel de vento, considerados vitais para o congelamento dos perfis aerodinâmicos do avião. O processo foi um dos mais sensíveis e complexos, exigindo vários meses de pesquisa e desenvolvimento.

A Aerion pretende começar a produção do AS2, que promete ser o primeiro avião de negócios capaz de voar acima da velocidade do som, em meados de 2023. A montagem deverá ocorrer na unidade fabril em Melbourne, na Flórida. A cidade é um dos principais polos aeronáuticos dos Estados Unidos, onde, aliás, está uma das fabricas da Embraer.

O AS2 deverá ser impulsionado por três motores Affinity, da GE Aviation, com 20.000 lbf empuxo cada. A Aerion espera que o avião tenha um alcance de 4.200 nm (7.780 km) em Mach 1,4 (aproximadamente 1.700 km/h) e alcance de 5.400 nm (10.000 km) voando a Mach 0,95 (1.170 km/h).

O jato poderá voar sem escalas entre Nova York e Londres em apenas 4 horas, retomando uma das mais importantes ligações supersônicas, operada por três décadas pelo Concorde.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 15/01/2021, às 13h00 - Atualizado às 13h43


Mais Notícias