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Futuro da aviação

Futuro combustível de aviação será armazenado à -250ºC

Airbus trabalha para desenvolver novas tecnologias para viabilizar o conceito até 2025


Airbus ZEROe

Airbus ampliará desenvolvimento de novos tanques de hidrogênio

A Airbus está trabalhando no desenvolvimento de tanques de hidrogênio para permitir o desenvolvimento de novos aviões com emissão zero de carbono. Um dos desafios será criar um tanque de combustível capaz de armazenar o gás a -250ºC.

O sistema de tanques de hidrogênio (LH2) é um componente crítico de segurança, para o qual uma engenharia específica de sistemas é necessária. O LH2 necessita ser armazenado a -250ºC para liquefazer, exigindo assim uma estrutura de armazenagem resistente, leve e capaz de suportar grandes choques em caso de emergência.

A liquidez é necessária para o aumento da densidade, visto que no estado gasosos o volume ocupado é demasiadamente grande para uso na aviação. Outro desafio é desenvolver um componente que possa suportar repetidos ciclos térmicos e de pressão.  Para o futuro a Airbus promoverá colaborações em diversos setores para apoiar a transição geral para a propulsão hidrogênio.

Para o novo desafio, serão criados os Centros de Desenvolvimento de Emissões Zero (ZEDC) em Bremen, na Alemanha e em Nantes, na França. O objetivo é apoiar o desenvolvimento de tecnologias de propulsão de hidrogênio, que vão requerer tanques criogênicos competitivos.

Os desenvolvimentos tecnológicos cobrirão todas as capacidades industriais e de produtos indo desde a viabilidade da produção de peças elementares, montagens, integração de sistemas, até os testes criogênicos do sistema de tanques de hidrogênio (LH2).

Ambos os ZEDC estarão funcionamento até 2023, permitindo a construção e inicio dos ensaios do primeiro LH2 até meados de 2025.

A Airbus justificou a escolha da planta em Bremen por causa da sua configuração diversificada e décadas de experiência em LH2, onde se concentrará incialmente na instalação do sistema, bem como na realização de testes criogênico nos futuros tanques.

Além disso, o ZEDC se beneficiará da capacidade de pesquisa para uso de hidrogênio na aviação, em especial do Centro para Materiais e Tecnologias Ecoeficientes (ECOMAT) e de outras sinergias existentes na cidade. 

Já para a escolha da planta de Nantes, a Airbus disse que a instalação tem uma ampla capacidade de gerenciar uma gama de tecnologias metálicas, de materiais compostos e integração, bem como experiência em codesign em áreas como entradas de ar, nacelas, radomes e serviços complexos de fuselagem central.

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Por Gabriel Benevides
Publicado em 16/06/2021, às 08h00 - Atualizado às 09h36


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