Fusão entre as maiores companhias sul-coreanas pode restringir concorrência, segundo análise da Comissão Europeia
A Comissão Europeia tomou uma posição preliminar contra a proposta de fusão entre a Korean Air e Asiana, citando que o acordo pode restringir a concorrência nos mercados de serviços de transporte aéreo de passageiros e carga entre a Coreia do Sul e a Europa.
O órgão antitruste da europeu abriu uma investigação aprofundada sobre a aquisição de 64% da Asiana pela Korean Air. O acordo, anunciado no final de 2020, formaria a sétima maior companhia aérea do mundo.
A análise dos documentos pelas autoridades europeias indica que haverá redução na prestação dos serviços de transporte de passageiros em quatro rotas entre a Coreia do Sul e Europa, no caso, para a Alemanha, França, Itália e Espanha.
Segundo o levantamento da Comissão, a Korean Air e Asiana seriam de longe as maiores transportadoras de passageiros e cargas nessas rotas e a fusão pode retirar uma alternativa importante para os passageiros.
"A concentração pode, por conseguinte, conduzir a um aumento dos preços ou a uma diminuição da qualidade dos serviços de transporte aéreo e de passageiros", disse a Comissão Europeia em comunicado.
Outra objeção apontada é a redução da concorrência no transporte de cargas entre toda a Europa e o país asiático.
A Korean Air afirma em comunicado que "está cooperando estreitamente com a Comissão Europeia para abordar todas as preocupações potenciais. A Korean Air está confiante de que a fusão proposta beneficiará nossos clientes no mercado e fará todos os esforços possíveis para garantir a aprovação final da fusão".
A autoridade comercial europeia tomará sua decisão final sobre o acordo no dia 3 de agosto de 2023.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 18/05/2023, às 05h13
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