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Bancos no Azul

Fundador da Azul reduz participação na companhia em meio a crise

David Neeleman vendeu maioria de suas ações preferenciais como forma de obter liquidez imediata


Paralisação do setor aéreo comprometeu liquidez de Neeleman que recentemente investiu em uma nova empresa aérea nos Estados Unidos

O empresário David Neeleman, fundador e controlador da Azul, vendeu parte de suas ações preferenciais (sem direito a voto e com prioridade na distribuição de dividendos), passando a deter apenas 0,6% dos papéis. O executivo reduziu sua participação de 11.432.352 de ações preferenciais, o equivalente a 3,34%, para 2.116.004 ações.

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A venda das ações ocorreu em um momento de forte retração do mercado de aviação civil em todo o mundo, pelo impacto ocasionado pela pandemia de COVID-19. O empresário havia feito um empréstimo pessoal de US$ 30 milhões, usando como garantia parte de suas ações na Azul. Por decisão pessoal Neeleman optou por se desfazer de 9.316.348 de papéis preferenciais, mantendo a saúde financeira sem comprometer sua participação nas decisões da companhia.

Todavia, não houve alteração em relação as ações ordinárias (com direito a foto em assembleia), que manteve a posição de 622.406.638 ações, equivalente a 67,0%.

Segundo a imprensa especializada em economia, os bancos teriam cobrado o empréstimo antecipadamente, com receio de perder dinheiro com a queda no valor das ações da Azul. O empresário teria optado por vender seus papéis como forma de obter fluxo de caixa, em um momento que outros dois investimentos que possui na aviação, a portuguesa TAP e a recém constituída Breeze, ainda não possuem liquidez.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 14/04/2020, às 16h00 - Atualizado às 16h52


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