Autoridades de aviação da União Europeia criaram lista de condições para autorizarem retomada dos voos com modelo da Boeing
A EASA, a agencia de segurança da aviação europeia, divulgou que não está convencida das mudanças realizadas pela Boeing na resolução dos problemas do 737 MAX. Durante audiência no Parlamento Europeu, em Bruxelas, o diretor executivo da agencia, Patrick Ky, apresentou os pontos que acredita que a Boeing deverá comprovar ter solucionado.
Os requisitos europeus para o caso do 737 MAX estão mais restritivos, visto que durante a apuração das causas do acidente foram apontadas deficiências no processo de certificação por parte da FAA, a agencia de aviação civil dos Estados Unidos.
Usualmente o processo conduzido por uma agência é automaticamente aceito por seu par, sem grandes restrições ou alterações nos requisitos. Todavia, a EASA agora criou um protocolo especifico para o 737 MAX.
Em documento enviado para a FAA, os europeus listaram quatro condições para aceitar a certificação e retorno ao serviço do 737 MAX. Entre eles está que as alterações propostas pela Boeing deverão ser aprovadas pela EASA de forma independente da FAA. Além disso, haverá uma revisão mais ampla e independente da aeronave e suas alterações de reprojeto do sistema MCAS.
A expectativa é que os voos sejam retomados até o final do ano nos Estados Unidos, mas demandará algumas semanas adicionais caso a EASA opte por realmente revisar todos os procedimentos.
As principais companhias aéreas que operam o 737 MAX acreditam que a normalização dos voos com o modelo só deva ocorrer em meados do primeiro trimestre de 2020.
Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação
Publicado em 05/09/2019, às 16h00 - Atualizado às 17h49
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