Governo e o Congresso dos EUA estão sendo pressionados a proibir companhias aéreas de outros países no espaço aéreo russo
A Casa Branca e o Congresso dos EUA estão sendo pressionados por companhias aéreas do país para proibir o sobrevoo do espaço aéreo da Rússia por concorrentes estrangeiras que ainda o fazem, devido à uma concorrência desleal.
Desde que os conflitos na Ucrânia começaram, há pouco mais de um ano, várias nações aplicaram sanções ao governo de Vladmir Putin, que impuseram a retirada de voos internacionais para Moscou ou para outros destinos dentro do território russo, porém, a Índia, os Emirados Árabes e a China não aderiram às punições e continuaram permitindo que as suas companhias aéreas voem para a região, bem como utilizem o espaço aéreo como trechos de rotas para outros países asiáticos, fazendo com que os preços das passagens ficassem mais baratos, em comparação com os concorrentes, que precisam fazer desvios com gastos maiores de combustível, com compensação no preço das passagens.
“O acesso contínuo às rotas mais curtas e mais eficientes em termos de combustível que o espaço aéreo russo oferece está dando a companhias aéreas como Air India, Emirates e China Eastern Airlines uma vantagem injusta”, segundo a associação Airlines for America, que representa as maiores companhias aéreas dos Estados Unidos, em uma apresentação no Capitólio, o Congresso norte-americano.
Em entrevista ao canal norte-americano Cnbc, em maio de 2022, o Sheik Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e CEO da Emirates, disse que não iria interromper os voos entre Dubai (DXB) e a Rússia, porque não recebeu nenhuma ordem do governo dos Emirados Árabes para interromper as operações e que tinha o dever de continuar o serviço aos passageiros.“Não devemos realmente nos misturar entre as pessoas e as decisões do governo", completou.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 24/03/2023, às 09h38
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