Caso ocorreu na sequência a abates de objetos não identificado feitos por caças F-22 Raptor doa EUA nos últimos dias
Os Estados Unidos abateram mais um objeto não identificado sobre o país, que desta vez sobrevoava a região do Lago Huron, no estadode Michigan. A informação foi confirmada pelo Departamento de Defesa, que em nota explicou que a ação ocorreu em coordenação com o presidente Joe Biden.
Nos últimos dias os Estados Unidos ampliaram as ações contra alvos possivelmente de inteligência, como o caso do balão chinês derrubado na semana passada. Antes mesmo da confirmação oficial, o senador Jack Bergman, publicou em sua conta oficial no twitter, que militares abateram um objeto na fronteira com o Canadá.
I’ve been in contact with DOD regarding operations across the Great Lakes region today.
— Rep. Jack Bergman (@RepJackBergman) February 12, 2023
The US military has decommissioned another “object” over Lake Huron.
I appreciate the decisive action by our fighter pilots.
The American people deserve far more answers than we have.
De acordo com o Departamento de Defesa foi utilizado um F-16 Fightning Falcon, que disparou um AIM-9X contra o objeto que estava voando em uma altitude de 20.000 pés.
Além do caça, outras aeronaves da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) também estavam na região, como um KC-135 (avião-tanque) e um E-3B Sentry (avião de controle aéreo aproximando), que sobrevoaram os lagos Michigan e Huron no começo da tarde (horário de Brasília). Também foram emitidos NOTAM, alertas aeronáuticos, notificando sobre restrição em áreas onde havia "defesa aérea ativa".
Most tracked flights right now
— Flightradar24 (@flightradar24) February 12, 2023
Boeing KC-135T Stratotanker: https://t.co/1daW8noAZI
Boeing E-3B Sentry: https://t.co/mbpIaOOOOtpic.twitter.com/YlMR3Ma8pg
Até o momento não foram passadas maiores informações do que seria o objeto, bem como seu ponto de origem e dono. Apenas alguns dados genéricos foram confirmados como o local, altitude e aeronaves empregada na ação, assim como a escolha do momento para o disparo.
"Seu trajeto e altitude levantaram preocupações, inclusive que poderia ser um perigo para a aviação civil.O local escolhido para esta derrubada nos deu a oportunidade de evitar impacto nas pessoas no solo, melhorando as chances de recuperação de detritos", afirmou em nota oficial o Departamento de Estado.
O episódio ocorre depois que um alerta de restrição aérea foi divulgado neste sábado (11), sobre Motana, embora em seguida tivesse sido informado que não havia nenhum objeto em voo, mas houve uma anomalia do radar.
Tudo começou no dia 4 de fevereiro, quando um balão chinês, que por alguns dias sobrevoou os Estados Unidos, foi abatido por um F-22 Raptor, que lançou um míssil AIM-9X Sidewinder
Washington alega que o aeróstato era de vigilância, já Pequim condenou a ação norte-americana e afirmou que o balão tinha fins de pesquisa meteorológicas, mas que saiu da rota planejada. Além disso, exigiu a repatriação dos destroços, o que foi, por ora, ignorado pelos Estados Unidos.
Na sexta-feira (10), um F-22 Raptor abateu outro objeto não identificado, que desta vez sobrevoava o Alasca. As autoridades não deram muitos detalhes, mas afirmaram que o objeto era do tamanho de um carro pequeno e estava a uma altitude de 40.000 pés, o que representaria um risco à aviação civil. Militares ainda estão nas buscas dos destroços.
Um dia depois, no sábado, o Raptor abateu outro objeto, desta vez sobre o Canadá. A ação que foi coodernada entre os países possibilitou atingir em segurança o alvo. Os canadenses já iniciaram as buscas pelos destroços.
Até o momento, a única relação entre os três casos é a participação do caça de quinta geração e do míssil ar-ar de curto alcance AIM-9X Sidewinder. Ainda assim, a China afirma que não tem nenhuma relação com as aparições e que também acompanhou um objeto não identificado voando próximo da sua costa.
Por André Magalhães
Publicado em 12/02/2023, às 18h10
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