Consórcio de companhias também irá adquirir até 500 aeronaves elétricas
Movimentação fará Eve ter valor patrimonial de quase US$ 3 bilhões | Foto: Divulgação
A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade urbana da Embraer, anunciou que terá ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), nos Estados Unidos, após um acordo definitivo de fusão com a Zanite Acquisition Corp., empresa de aquisição de propósito específico focada no setor de aviação. Após a conclusão da transação, a Zanite mudará seu nome para Eve Holding, Inc. e será listada na Nyse sob o ticker “Evex” e “Evexw”.
A Embraer permanecerá como acionista majoritária, com uma participação acionária de aproximadamente 82% na Eve após o fechamento do negócio, incluindo seu investimento no Pipe, sigla em inglês para private investment in public equity. A subsidiária será comandada pelos co-CEOs Jerry DeMuro, que mais recentemente atuou como CEO da BAE Systems, Inc., e Andre Stein, que está no comando da Eve desde seu início e ocupou cargos de liderança na fabricante por mais de duas décadas.
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O valor implícito pro forma da empresa é de aproximadamente US$ 2,4 bilhões (R$ 13,7 bilhões) e o valor patrimonial pro forma é de aproximadamente US$ 2,9 bilhões (R$ 16,6 bilhões). A transação inclui aproximadamente US$ 237 milhões (R$ 1,35 bilhão) em dinheiro da Zanite Acquisition Corp. e um Pipe de US$ 305 milhões (R$ 1,74 bilhão), ancorado pela Embraer, Zanite Sponsor LLC, investidores financeiros e um consórcio de parceiros estratégicos.
Três dos parceiros do consórcio anunciaram encomendas para o desenvolvimento do sistema de mobilidade aérea urbana (UAM), nesta terça-feira (21). A Azorra, a Skywest e a Republic Airways assinaram cartas de intenções para adquirir de 100 a 200 aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (Evtol) cada, com as primeiras entregas sendo previstas para 2026.
A Republic utilizará as unidades para atender os mercados da Costa Central e Leste dos Estados Unidos, com foco inicial em Boston, Nova York e Washington, enquanto a Skywest desenvolverá e implantará uma malha aérea nos mercados central e do oeste dos Estados Unidos. Já a Azorra definirá uma base de operadores que planejem missões UAM regulares, ajudando a estabelecer a infraestrutura necessária para permitir voos dos veículos elétricos em todo o mundo.
Marcel Cardoso
Publicado em 21/12/2021, às 09h25 - Atualizado às 10h00
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