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Embraer teve nota de crédito elevada por agência de risco

A nota de crédito da Embraer na agência de classificação de risco Fitch foi elevada de BB+ para BBB-


Fabricante diz que elevação da nota de crédito reflete o fortalecimento de sua rentabilidade - Divulgação
Fabricante diz que elevação da nota de crédito reflete o fortalecimento de sua rentabilidade - Divulgação

A Embraer anunciou, na manhã desta segunda-feira (23), que a agência de classificação de risco Fitch elevou o seu rating, o equivalente a uma nota de crédito, de “BB+” para “BBB-”.

Este é o segundo rating de grau de investimento conquistado pelo fabricante neste ano, após a elevação realizada pela S&P em fevereiro. O upgrade é resultado do fortalecimento da rentabilidade da empresa, além de melhorias nos perfis de produção e entregas, segundo a Fitch, que acrescentou que a combinação dessas melhorias com a redução da dívida bruta contribui para que os indicadores de crédito da Embraer se aproximem de níveis mais compatíveis com a nova classificação “BBB-”.

A nova avaliação também considera a posição competitiva da empresa nos mercados de jatos comerciais e executivos, a carteira de pedidos de US$ 21,1 bilhões (R$ 116,7 bilhões) e a diversificação dos produtos, incluindo programas de defesa e o desempenho do segmento de serviços e suporte. “Este reconhecimento da Fitch é uma demonstração clara do sucesso da nossa estratégia e anos de trabalho árduo”, disse Antonio Carlos Garcia, CFO da Embraer.

Embraer irá receber indenização milionária da Boeing

O fabricante brasileiro anunciou, na última semana, que receberá US$ 150 milhões, o equivalente a R$ 826 milhões, da Boeing como indenização após a rescisão unilateral de um acordo de fusão das operações de aviação comercial entre as duas empresas.

Em 2018, Boeing e Embraer firmaram um acordo para fusão da área de aviação comercial, prevendo a criação de uma joint venture avaliada na época em US$ 4,2 bilhões (R$ 23,1 bilhões). Pela proposta, a Boeing assumiria 80% do capital da nova empresa, enquanto a Embraer ficaria com os 20% restantes.

Dois anos após o anúncio do acordo, o fabricante norte-americano cancelou o negócio de forma unilateral, alegando que a Embraer não havia cumprido as condições necessárias previstas. Esta, por sua vez, afirmou que a Boeing desistiu do negócio devido a problemas financeiros.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 23/09/2024, às 08h18


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