Mais de 120 aeronaves foram reparadas pela Boeing nos últimos cinco anos, após problemas na fuselagem
A Boeing finalizou o processo de retrabalho no último dos 122 aviões do modelo 787 que estavam armazenados na unidade de fabricação de Everett, no estado norte-americano de Washington.
As aeronaves ficaram paradas após a descoberta de pequenos espaços entre as junções das seções da fuselagem. O problema foi identificado durante uma inspeção pré-entrega de uma unidade, em 2020. Desde então, a Boeing realizou o processo de desmontagem e remontagem de todas as aeronaves afetadas.
Embora os espaços nas junções da fuselagem não comprometessem a integridade estrutural, eles não atendiam às especificações de fabricação, impedindo a entrega dos jatos aos clientes. A correção exigiu um alto volume de mão de obra, que poderia ter sido direcionado à produção de novas aeronaves.
Watch the 787 #Dreamliner difference in action. This machine is layering carbon fiber tape to build the aftbody sections of the 787 fuselage. The composite material is stronger than steel and lighter than aluminum.
— Boeing Airplanes (@BoeingAirplanes) February 26, 2025
Larger windows, lower cabin altitude pressurization, increased… pic.twitter.com/pWJKenkRwH
Além desse problema, a empresa ainda precisa realizar reparos nas portas de emergência de 55 Boeing 737 MAX que permanecem armazenados desde janeiro.
O fabricante classificou esses projetos de retrabalho como "fábricas sombra", pois operam de forma semelhante às fábricas regulares da empresa, mas desviam recursos da produção de novos jatos. "Trabalharemos com as companhias aéreas para entregar as aeronaves restantes ao longo deste ano e do próximo", disse Stephanie Page, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes.
Com a conclusão do retrabalho nos 787, os mecânicos da unidade de Everett devem retomar as atividades nos trinta Boeing 777X inacabados estacionados nas pistas não utilizadas do Paine Field (PAE), em Everett. Algumas dessas aeronaves estavam paradas desde antes do início da pandemia de covid-19.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 03/03/2025, às 08h30
+lidas