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Fim de retrabalhos

Depois de cinco anos, Boeing finaliza reparos em vários 787

Mais de 120 aeronaves foram reparadas pela Boeing nos últimos cinco anos, após problemas na fuselagem


Os problemas começaram a ser detectados em 2020 - GE Aerospace
Os problemas começaram a ser detectados em 2020 - GE Aerospace

A Boeing finalizou o processo de retrabalho no último dos 122 aviões do modelo 787 que estavam armazenados na unidade de fabricação de Everett, no estado norte-americano de Washington.

As aeronaves ficaram paradas após a descoberta de pequenos espaços entre as junções das seções da fuselagem. O problema foi identificado durante uma inspeção pré-entrega de uma unidade, em 2020. Desde então, a Boeing realizou o processo de desmontagem e remontagem de todas as aeronaves afetadas.

Embora os espaços nas junções da fuselagem não comprometessem a integridade estrutural, eles não atendiam às especificações de fabricação, impedindo a entrega dos jatos aos clientes. A correção exigiu um alto volume de mão de obra, que poderia ter sido direcionado à produção de novas aeronaves.

Além desse problema, a empresa ainda precisa realizar reparos nas portas de emergência de 55 Boeing 737 MAX que permanecem armazenados desde janeiro.

O fabricante classificou esses projetos de retrabalho como "fábricas sombra", pois operam de forma semelhante às fábricas regulares da empresa, mas desviam recursos da produção de novos jatos. "Trabalharemos com as companhias aéreas para entregar as aeronaves restantes ao longo deste ano e do próximo", disse Stephanie Page, presidente e CEO da Boeing Commercial Airplanes.

Com a conclusão do retrabalho nos 787, os mecânicos da unidade de Everett devem retomar as atividades nos trinta Boeing 777X inacabados estacionados nas pistas não utilizadas do Paine Field (PAE), em Everett. Algumas dessas aeronaves estavam paradas desde antes do início da pandemia de covid-19.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 03/03/2025, às 08h30


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