Pilotos de F-18 da Marinha dos EUA forçados a utilizar câmaras hiperbáricas
Nos últimos quatro meses a bordo do porta-aviões USS George Bush no Golfo Pérsico, houve duas ocasiões em que pilotos da Marinha necessitaram de tratamento após sofrer sintomas de hipóxia (carência de oxigênio) devido a falhas nos controles ambientais embarcados em seus Boeing F-18 Hornet.
Segundo informações, o primeiro incidente ocorreu em fevereiro, quando a tripulação de um E/A-18 Growler foi surpreendido pela falha do sistema de suprimento de ar e pressurização, exigindo um rápido retorno ao porta-aviões.
O USS George H.W. Bush é equipado com uma câmara hiperbárica (US$250.000) em formato de ovo com um comprimento em torno dos 2.10 m. Foi decidido colocar os pilotos afetados na câmara, onde os sintomas desapareceram rapidamente. Câmaras hiperbáricas de oxigênio são tradicionalmente utilizadas para tratar mergulhadores da Marinha mas, ao que parece, também são úteis para os pilotos.
O segundo incidente ocorreu em abril pouco após uma operação de decolagem dos aviões. Desta vez, tão logo detectou uma anomalia nos controles de climatização, o piloto retornou ao porta-aviões onde os médicos de bordo, imediatamente o colocaram na câmara hiperbárica para recuperá-lo. Até agora, a Marinha teve muita sorte, pois os dois incidentes ocorreram perto do navio. Caso os pilotos estivessem voando sobre as posições ISIS (sigla inglesa para o Estado Islâmico) na Síria ou Iraque estes perigosos eventos poderiam ter se tornado situações de crise.
Eventos de carência de oxigênio e descompressão da cabine têm aumentado a cada ano em todos os modelos de F/A-18 Hornet e E/A-18 Growler.
A descompressão do cockpit pode causar câimbras, dores no peito e perda dos sentidos. Para a Marinha Americana, o problema constitui “O item se segurança No1”.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 09/05/2017, às 15h19 - Atualizado às 16h17
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