Presidente da Coreia do Norte, Kim Jong Un, acompanhou de perto o teste do míssil intercontinental
Na quinta-feira (24), a Coreia do Norte testou um míssil intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) que despertou atenção internacional, principalmente aos vizinhos Coreia do Sul e Japão.
O teste do armamento contou com a presença do líder do país, Kim Jong Un, e importantes generais das forças armadas. A produção criada pela mídia estatal da Coréia do Norte fez amplo uso de efeitos, incluindo a presença de Kim Jong Un vestido com jaqueta de couro e estilo comum dos filmes norte-americanos da década de 1980.
O míssil conhecido como Hwasong-17 está sendo considerado o míssil norte-coreano mais avançado desde o último teste ocorrido em 2017. O país havia suspendido seus ensaios durante a gestão do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia colocado uma série de pressões sobre a Coréia do Norte.
Em um vídeo divulgado pela mídia estatal é possível ver o lançamento do Hwasong-17, bem como o Kim Jong-Un acompanhado todos os passos do teste do armamento.
Pouco foi falado sobre os detalhes do míssil, mas sabe-se que o armamento atingiu uma altitude máxima de 6.248,5 quilômetros, voou uma distância de 1.090 quilômetros.
O real poder de fogo do Hwasong-17 é desconhecido, mas acredita-se que possa levar uma ou até mais ogivas nucleares e a distância que o míssil pode atingir, segundo a Coreia do Norte, é de aproximadamente 15 mil quilômetros.
O Japão reagiu ao lançamento alegando que o artefato caiu em águas da Zona Econômica Exclusiva do país, no Mar do Leste. Também foi dito que um caça japonês F-15J foi acionado para averiguar a situação.
Em um vídeo de dentro do F-15J japonês são visíveis possíveis rastros do armamento norte-coreano.
北朝鮮が、本日午後、朝鮮半島西岸付近から1発の弾道ミサイルを東方向に発射したことを受け、防衛省・自衛隊は、P-3C及びF-15を発進させ、青森県沖において被害情報の収集を行いました。その際、F-15は、今般発射された弾道ミサイルに関連していると推定されるものを空中で確認しました。 pic.twitter.com/m8Ukr4nYf4
— 防衛省・自衛隊 (@ModJapan_jp) March 24, 2022
"Este é um ato tão ultrajante e imperdoável", disse o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Já Seul, Washington e as Nações Unidas afirmaram que o teste “viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
Por André Magalhães
Publicado em 25/03/2022, às 16h15