Aena investirá R$ 260 milhões em plano para reduzir emissões nos aeroportos que administra no Brasil
A Aena anunciou a implementação de seu Plano de Ação Climática (PAC) nos 17 aeroportos que administra no Brasil. A meta da concessionária é alcançar a neutralidade de carbono até 2035 e atingir o Net Zero em 2040.
Para isso, a empresa prevê um investimento de mais de R$ 260 milhões, com foco na substituição de sua frota interna por veículos movidos a energia limpa. Em Congonhas (SP), dez ônibus elétricos já começaram a operar. Segundo a Aena, a mudança deve reduzir em cerca de 464 toneladas as emissões anuais de CO₂ equivalente, o que representa 25% da emissão total da frota de combustão da empresa no Brasil.
Com os primeiros passos do PAC, a Aena obteve a certificação Airport Carbon Accreditation (ACA) de Nível 1 em seis aeroportos: Recife, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Juazeiro do Norte e Campina Grande.
O plano brasileiro está alinhado ao programa global do grupo Aena, iniciado na Espanha em 2021. A experiência internacional tem sido usada como base para a estruturação local, com foco em energia renovável, eficiência energética e inovação.
Energia renovável: A empresa pretende garantir que 100% da eletricidade consumida venha de fontes renováveis até 2027, por meio da instalação de usinas fotovoltaicas e da aquisição de energia com certificados I-REC. Também está prevista a modernização da infraestrutura para maior eficiência energética.
Eficiência energética: ampliação da iluminação LED nos terminais e pátios, instalação de sistemas de controle inteligente de consumo e modernização de equipamentos como sistemas de climatização, esteiras e elevadores.
Frota sustentável: a meta é substituir 80% da frota operacional até 2035 e 100% até 2040. Nesse período, veículos ainda em operação utilizarão biocombustíveis como biodiesel e etanol. A concessionária também instalará pontos de recarga elétrica para incentivar o uso de veículos elétricos por terceiros.
Tratamento de efluentes: a Aena investirá em estações de tratamento de efluentes (ETEs), com foco na redução de emissões do tratamento de resíduos líquidos. Em Recife, a implantação está prevista até 2035; nos demais aeroportos do Nordeste, até 2040.
Compensação de emissões: a partir de 2035, as emissões residuais serão neutralizadas com a compra de créditos de carbono certificados internacionalmente.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 07/04/2025, às 19h18
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