A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) revogou a sanção que restringia a Aerolíneas Argentinas no Brasil
A Agência Nacional de Aviação Civil revogou, em decisão publicada nesta terça-feira (19), no Diário Oficial da União, a sanção administrativa que restringia a Aerolíneas Argentinas de ampliar sua malha aérea no Brasil.
A decisão restabelece a plena capacidade da companhia para planejar novas rotas e frequências no principal mercado internacional da empresa.
Segundo comunicado da estatal argentina, as irregularidades apontadas pelo regulador brasileiro tinham caráter exclusivamente documental e estavam relacionadas a processos protocolados antes de 2023. A empresa enfatizou que não houve questionamento sobre segurança operacional ou qualidade dos serviços prestados.
A Aerolíneas Argentinas informou que equipes técnicas conduziram as tratativas junto à ANAC, concluídas em menos de sessenta dias. “O levantamento da restrição foi resultado de gestões administrativas que atenderam aos requerimentos das autoridades brasileiras”, informou a companhia.
O Brasil é o maior destino internacional da Aerolíneas Argentinas, com 88 voos semanais ligando a Argentina a sete cidades brasileiras. A retomada da plena capacidade de expansão permitirá continuidade na estratégia de ampliação da oferta, considerada essencial para o turismo e os negócios bilaterais, sobretudo na temporada de verão.
Dados da plataforma Cirium indicam que, em agosto, a Aerolíneas Argentinas detinha 20,4% da oferta de assentos na rota Brasil–Argentina. A empresa ocupa a segunda posição, atrás da Gol Linhas Aéreas e à frente da Latam Airlines.
Também operam no mercado a Flybondi, a JetSmart, a Azul Linhas Aéreas, a Turkish Airlines, a British Airways, a Ethiopian Airlines e a Emirates.
Em nota oficial, a companhia reforçou sua posição institucional: “A Aerolíneas Argentinas ratifica seu compromisso com o cumprimento normativo e com as autoridades aeronáuticas nacionais e internacionais, operando com os mais altos padrões de segurança e qualidade em todas as suas operações.”
Por Marcel Cardoso
Publicado em 19/08/2025, às 18h24
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