Inovação e sustentabilidade

Aeroporto de Congonhas implementa frota de ônibus 100% elétricos

Os novos ônibus elétricos reduzem emissões em 464 toneladas de CO₂ por ano e oferecem mais conforto e acessibilidade aos passageiros

A frota elétrica da Aena opera com tecnologia de regeneração de energia - Aena Brasil/Divulgação

A Aena inaugurou em Congonhas a primeira frota de ônibus elétricos para aeroportos do Brasil. Os novos veículos entraram em circulação nesta quarta-feira (19) e serão utilizados no transporte de passageiros para embarque e desembarque remoto. Foram adquiridas dez unidades, que operarão durante todo o período de funcionamento do terminal. Cada ônibus possui 12,2 metros de comprimento e capacidade para até 80 passageiros.

Com emissão zero de gases poluentes e operação silenciosa, a expectativa é que os veículos evitem a liberação de aproximadamente 464 toneladas de CO2 equivalente por ano, o que equivale a 25% das emissões de combustão móvel da empresa no Brasil. Essa medida também reforça a contribuição da Aena para a melhoria da qualidade ambiental da cidade de São Paulo.

Os novos ônibus foram desenvolvidos em parceria com a TEVX Higer e adaptados especificamente para a operação no Aeroporto de Congonhas. Testados no terminal em novembro de 2023, agora passam a integrar oficialmente a frota.

A acessibilidade foi um dos focos do projeto. Os ônibus contam com piso baixo para embarque e desembarque facilitados, sistema de suspensão adaptado para pessoas com mobilidade reduzida, tomadas USB em todos os assentos e também para passageiros em pé, sistema de ar-condicionado ecológico com saídas individuais e vidros com tratamento UV para maior conforto térmico.

Em termos de eficiência, os veículos têm autonomia de cerca de 300 quilômetros por carga, completada em até três horas. Além disso, possuem tecnologia de recuperação de energia, regenerando até 30% da bateria durante o uso.

O projeto de mobilidade elétrica em Congonhas, pioneiro no país, começou a ser desenvolvido há dois anos. A iniciativa incluiu estudos sobre a logística dos passageiros e o dimensionamento da infraestrutura necessária para o carregamento dos ônibus. Como resultado, foi implementada uma central de abastecimento capaz de carregar simultaneamente até seis veículos elétricos, garantindo maior eficiência operacional.