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Sem bater martelo

Compra de caças para a Colômbia sofre reviravolta

Ministro da defesa da Colômbia anunciou paralisação da compra de caças e o Rafale sofreu reviravolta no provável contrato


Rafale promete recolocar a força aérea da Colômbia entre as mais capazes da América do Sul - Divulgação
Rafale promete recolocar a força aérea da Colômbia entre as mais capazes da América do Sul - Divulgação

A decisão de escolha de um novo caça para a Força Aérea da Colômbia sofreu uma reviravolta ontem (2), após paralisação do processo de compra pelo ministério da defesa.

O problema foi na forma que havia sido anunciada a proposta vencedora, que previa a compra de um lote inicial com apenas algumas unidades, ao invés dos dezesseis  estabelecido no projeto.

"Foi proposto que o contrato que se faria fosse limitado ao número de aeronaves que poderiam ser adquiridas com aquele valor, e não à frota de 16, que é a que consta definida no projecto que tinha sido aprovado", disse Iván Velásquez, o ministro da defesa em nota.

De acordo com o site Indo Defensa, a francesa Dassault, responsável pelo Rafale, assim como a Saab, que ofereceu o Gripen E, não aceitaram a oferta colombiana, pois viram como arriscadas as propostas para um pequeno lote de caças.

Bogotá queria assinar um primeiro contrato ainda no final de 2022 prevendo a aquisição de um lote menor, e ao longo de 2023 haveria um outro contato spara a compra de mais aviões, até totalizar as 16 unidades planejadas.

A decisão ocorre poucos dias depois do Rafale ter sido pré-selecionado. Na época, o comunicado oficial afirmava que o Rafale era a melhor opção no quesito preço, eficiência e operacionalidade. Também foi informado que a hora de voo do caça francês é aproxidamadamente 30% menor do que do Kfir.

O norte-americano F-16V Block 70, a versão mais moderna da família F-16, também estava na disputa e era considerado como um dos favoritos. Agora, a paralisação do processo não se sabe ao certo quando a Colômbia terá novos caças.

Saiba Mais...

O Kfir foi adquirido pela Força Aérea Colombiana (Fuerza Aérea Colombiana) em 1989, que recebeu ao todo 24 caças. Entre os anos de 2009 a 2017, os aviões passaram por uma considerável modernização, ganhando uma série de capacidade. Ainda que estejam desatualizados em relação aos F-16 chilenos, Su-30MKV venezuelanos e em especial aos Gripen E brasileiros, a atualização permitiu manter aboa capacidade real de combate.

Entre as atualizações estavam um novo radar ativo de varredura eletrônica ELM-2032, da Elta Systems e data-link. Além disso, também está na lista a integração de mísseis ar-ar de longo alcance, similar ao utilizado nos caças F-16 Block 52.

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Por André Magalhães
Publicado em 03/01/2023, às 09h40


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