A Qantas foi condenada por um tribunal australiano a pagar US$ 100 milhões por vender passagens para voos já cancelados
Um tribunal da Austrália determinou, na última terça-feira (8), que a Qantas pague uma multa equivalente a R$ 560 milhões por continuar vendendo passagens para voos já cancelados, conhecidos como "voos fantasmas", sem informar os compradores.
A companhia aérea reconheceu que aplicou a prática entre maio de 2022 e maio de 2024, tanto em rotas domésticas quanto internacionais. Em média, os bilhetes desses voos estavam disponíveis para compra por onze dias após o cancelamento, com alguns casos se estendendo até 62 dias. Mais de 86.000 passageiros foram prejudicados.
"Uma empresa grande e bem equipada como a Qantas deveria ter programas operacionais e de conformidade robustos que teriam impedido que esses problemas surgissem", disse Gina Cass-Gottlieb, presidente da Comissão Australiana de Concorrência e Consumidores (ACCC).
Além da multa, a Qantas também será obrigada a reembolsar cerca de US$ 20 milhões (R$ 111,9 milhões) a passageiros que fizeram reservas em, ou foram remarcados para, voos que já haviam sido cancelados. Quem reservou voos domésticos terá direito a receber US$ 225 (R$ 1.253) cada, enquanto os passageiros de voos internacionais receberão US$ 450 (R$ 2.518).
Há pouco mais de um ano, em uma entrevista a uma emissora de rádio, Cass-Gottlieb havia defendido que a companhia aérea tenha tido uma penalidade recorde, de pouco mais de R$ 1 bilhão, para evitar que outras empresas sigam o exemplo adotado pela maior aérea da Oceania.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 10/10/2024, às 08h30
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