Aviação Militar

Colômbia negocia compra de caças Gripen com participação da Embraer

Colômbia negocia aquisição de até 24 caças Gripen E/F da Saab, com possível montagem no Brasil pela Embraer

Acordo reforça parceria industrial entre as empresas - Divulgação

A possível assinatura de um contrato entre a Saab e a Força Aérea Colombiana para a compra de caças Gripen E/F, prevista para 2025, pode impulsionar a Embraer, que participa da produção da aeronave como parceira industrial. O acordo, ainda em negociação, prevê a aquisição de 16 a 24 unidades do caça supersônico.

Com uma linha de montagem ativa do Gripen em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, desde maio de 2023, a Embraer pode ser integrada diretamente ao processo de fabricação caso o negócio seja fechado, fortalecendo a indústria aeronáutica brasileira e ampliando o alcance do programa Gripen na América Latina.

Segundo Bosco da Costa Junior, CEO da Embraer Defesa & Segurança, a Saab manifestou interesse em utilizar a estrutura brasileira para a montagem das aeronaves destinadas à Colômbia. “Temos uma parceria forte com a Saab para a fabricação de parte dos Gripens brasileiros. E temos informações de que há interesse em usar nossa linha de montagem para atender ao pedido colombiano”, disse Costa Júnior, em entrevista a FlightGlobal.

Atualmente, a Saab tem contratos para fornecer 36 caças Gripen E/F à Força Aérea Brasileira, designados localmente como F-39, e sessenta unidades para a Suécia. O Brasil também manifestou intenção de adquirir mais nove unidades. A Tailândia, por sua vez, negocia a compra de doze aeronaves, com expectativa de assinatura até o fim do ano, segundo o CEO da Saab, Micael Johansson.

Além do projeto do caça, a Colômbia também mantém interesse histórico no cargueiro militar C-390 Millennium, desenvolvido pela Embraer. O país chegou a assinar uma carta de intenção durante o lançamento do programa, com previsão inicial de até doze aeronaves.

O Brasil e a Suécia operam tanto o Gripen E quanto o C-390. Outros países europeus, como República Tcheca e Hungria, operadores do Gripen C/D, também integram a carteira de clientes do cargueiro brasileiro, hoje com dez compradores internacionais.