Opção de aeronaves bimotoras mais eficientes podem encerrar a carreira do Super Jumbo
A China Southern Airlines poderá retirar de serviço sua frota de cinco Airbus A380. A empresa chinesa avalia a viabilidade econômica do modelo no curto e médio prazo, em especial em um momento de instabilidade nas viagens de longo alcance na China.
Atualmente três aviões continuam operando regularmente, assumindo voos para os Estados Unidos e Austrália, mas a companhia aérea avalia utilizar aviões de menor capacidade, mas que são mais eficientes e oferecem maior flexibilidade.
Um dos entraves do A380 é exigir uma taxa de ocupação elevada para oferecer margens de lucro vantajosas para as empresas aéreas. Porém, dependendo da configuração adotada, em alguns casos essa ocupação mínima é quase a máxima de alguns bimotores, como o Airbus A350 e Boeing 777. Assim a margem de lucro é maior e o custo operacional inferior, muitas vezes superando a casa dos 20%.
Os bimotores de grande porte ainda oferecem maior flexibilidade, podendo a empresa ter dois voos para determinado destino, ou mesmo voar para mais de uma localidade no mesmo país, ampliando sua competitividade frente as rivais. Poucas rotas comportam mais de um voo diário com o A380, assim como nem todos os aeroportos são aptos a receber o gigante.
Caso a China Southern Airlines confirme a aposentadoria do A380, o modelo será retirado de serviço com menos de onze anos de serviço pela empresa. O primeiro avião foi recebido em outubro de 2012, enquanto o último em fevereiro de 2013.
A própria aposentadoria de diversas frotas do A380 ao redor do mundo ocorre menos de vinte anos após o primeiro voo, que ocorreu em abril de 2005.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 22/02/2022, às 16h00
+lidas
