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De trens para jatos

Bombardier se torna um fabricante exclusivamente aeronáutico

Após se desfazer da unidade de transporte ferroviário, empresa canadense aposta futuro nos jatos de negócios


Global 6500 em voo

Família Global e Challenger se tornaram os principais produtos da Bombardier

A Bombardier se tornou oficialmente uma fabricante totalmente dedicada a aviação após concluir a venda da unidade de transporte ferroviário para a Alstom. A negociação que recebeu todas as aprovações das autoridades do Canadá e França no final do ano passado.

Além de receber uma receita líquida de US$ 3,6 bilhões, incluindo US$ 600 milhões em ações da Alstom, o negócio permitirá a Bombardier focar na sua única atividade atual, o setor de aviação de negócios e serviços aeronáuticos.

A empresa ainda mantém uma participação na linha de produção do Airbus A220, assim como na montagem de estruturas básicas do CRJ, o jato regional atualmente pertencente a Mitsubishi Heavy Industries.

Atualmente a Bombardier focou seus negócios na família de jatos de negócios Challenger, Global e Learjet, ainda que este último tenha um desempenho de vendas menor que seus irmãos maiores.

A previsão é que a Bombardier divulgue no próximo dia 11 os seus resultados de 2020, ano impactado pela pandemia, mas que envolveu uma profunda reestruturação interna do antigo conglomerado industrial de transportes.

Durante os três primeiros trimestres do ano passado a Bombardier entregou 70 jatos de negócios, vinte a menos que no mesmo período de 2019.

Contudo, o desempenho de vendas do Global 7500, seu maior avião se aproximava de uma entrega por mês. O avião de cabine larga e ultralongo alcance se tornou um divisor de águas no segmento, forçando seus principais rivais desenvolverem produtos atualizados e capazes de concorrer com o modelo.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 02/02/2021, às 14h40 - Atualizado às 15h15


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