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Prejuízo e otimismo

Boeing tem prejuízo de US$ 425 milhões, mas mantém metas do 737 MAX

Mesmo com resultado negativo, Boeing mantém projeção para entregar mais de 400 aviões da família 737 MAX em 2023


Boeing entregou 130 aeronaves no primeiro trimestre, receita registrou alta de 28% - Divulgação
Boeing entregou 130 aeronaves no primeiro trimestre, receita registrou alta de 28% - Divulgação

Em meio aos problemas de produção do 737 MAX, a Boeing divulgou hoje (26), prejuízo líquido de US$ 425 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 64% frente perdas de US$ 1,2 bilhão um ano antes.

Com a entrega de 130 aeronaves no período, a receita da empresa registrou alta de 28%, para US$ 17,9 bilhões. A empresa pretende gerar entre US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões em fluxo de caixa este ano, principal metrica utilizada atualmente por analistas para avaliar a empresa.

No final do trimestre encerrado em março, a Boeing tinha uma carteira de pedidos no valor de US$ 411 bilhões, incluindo cerca de 4.500 aeronaves.

A Boeing manteve a projeção de entregar entre 400 a 450 unidades do 737 MAX em 2023, além de aumentar para 38 a taxa média de produção de seu principal produto ainda este ano.  

A taxa de produção do programa 737 MAX está estabilizada em 31 unidades por mês. Ainda que esteja enfrentando problemas na produção, a empresa tem como meta produzir 50 aviões do modelo ao mês dentro do prazo de dois anos.

A fabricante suspendeu no mês passado as entregas do MAX após identificar um erro na qualidade das peças que encaixam o estabilizador vertical à fuselagem do jato. Segundo a Boeing, o problema não afeta a segurança de voo da frota em serviço, mas impacta significativamente nas entregas.

"Entregamos um primeiro trimestre sólido e estamos focados em gerar estabilidade para nossos clientes", afirma em comunciado Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing.

"Estamos progredindo com as recentes interrupções na cadeia de suprimentos, mas continuamos confiantes nas metas que estabelecemos para este ano, bem como para o longo prazo. A demanda é forte em nossos principais mercados e estamos aumentando os investimentos para avançar em nossos programas de desenvolvimento e inovar em capacidades estratégicas. para os nossos clientes e para o nosso futuro", conclui o CEO.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 26/04/2023, às 09h47


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