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Capacidade ociosa

Aeroporto do Galeão está 56% abaixo dos níveis de 2019

Poder público quer retomar protagonismo do Galeão, que movimentou cerca de 5,8 milhões de passageiros em 2022


Em 2015 mais de 16 milhões passaram pelos terminais do Galeão - Divulgação
Em 2015 mais de 16 milhões passaram pelos terminais do Galeão - Divulgação

Após declarações públicas, o governo federal, estadual e municipal, discutem hoje (25), em reunião em Brasília, soluções para adequar as capacidades dos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro. 

No ano passado, o Galeão movimentou cerca de 5,8 milhões de passageiros em 2022, queda de 56% em comparação ao ano de 2019, quando 13,5 milhões de embarques e desembarques foram realizados. Já as operações de aeronaves totalizaram 50,8 mil pousos e decolagens, uma média diária de 139 voos.

No três primeiros meses do ano de 2023, o internacional do Rio de Janeiro movimentou 1,9 milhão de passageiros, alta de 11,7% em relação ao mesmo período um ano antes, quando 1,7 milhão de pessoas passaram pelo local.

No trimestre encerrado em março, o destaque foi o mês de janeiro quando 717 mil embarques e desembarques foram realizados no Galeão, seguido por fevereiro com 611 mil pessoas transportadas e março que acumulou 593 mil passageiros.

Com sua capacidade ociosa, o governo estadual e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro buscam aumentar as operações no Galeão. A ideia inicial, em discussão com a Infraero e o governo federal, é reduzir o número de passageiros anual no Santos Dumont para seis milhões.

No ano passado, o terminal central da capital fluminense foi responsável pelo embarque e desembarque de 10,1 milhões de pessoas, ultrapassando os 9 milhões transportados em 2019, ano pré-crise sanitária. Já o número de operações no acumulado dos doze meses de 2022 totalizou 109.352 voos, uma média diária de cerca de 300 aeronaves.

Administrado desde 2014 pelo consórcio RioGaleão, controlado pela empresa Changi de Singapura, a capacidade delarada do aeroporto que conta com duas pistas, inclusive a mais longa em uso comercial no país, e dois terminais é de 35 milhões de passageiros por ano.

Na gestão RioGaleão, o período com o maior fluxo de passageiros foi registrado em 2015, quando 16,9 milhões de pessoas foram transportadas pelos terminais.

Após a concessão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o Santos Dumont tornou-se a principal fonte de receitas da rede Infraero. Com esforços para alavancar seus ganhos, no mês passado a empresa estatal aumentou para 15 milhões a capacidade do terminal, sem investimentos na expansão e melhorias da atual estrutura oferecida aos passageiros.

A possível transferência de quatro milhões de passageiros do Santos Dumont para o Galeão resultaria em um movimento estimado em mais de dez milhões anuais, que poderá ser aumentado com a ampliação das conexões e investimentos para a criação de novas rotas.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 25/04/2023, às 14h15


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