Boeing solicita aos reguladores norte-americanos, isenção em certos requisitos de certificação do 737 MAX 7
A Boeing solicitou a Administração de Aviação Civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês), uma inseção no requisitos de certificação do 737 MAX 7, após a agência constatar um problema no sistema antigelo do motor (EAI).
Em um documento regulatório publicado em dezembro passado, a Boeing pede uma isenção relacionada a estrutura de entrada da nacele e no sistema de antigelo que protege o motor LEAP-1B que equipa o 737-7, menor versão do MAX.
A FAA observou que a execução do sistema de antigelo do motor em ar seco combinado com certas altitudes, temperatura e configurações podem provocar um superaquecimento das naceles, causando possíveis danos nos motores.
"O acúmulo excessivo de calor pode causar superaquecimento do cilindro interno de admissão do motor além do limite de design do material, resultando em falha do cilindro interno de admissão do motor e danos graves à capota de admissão do motor", disse a agência reguladora em Diretriz de Aeronavegabilidade (AD) publicada em agosto de 2023.
Na petição, a Boeing solicita que as mudanças necessárias sejam realizadas até 31 de maio de 2026, enquanto trabalha na implementação de melhorias na estrutura e nos sistemas das naceles dos aviões da família 737 MAX.
A empresa previa que a certificação e as entregas da versão -7 seriam efetivadas em 2023, mas mudanças regulátorias foram impostas depois que dois acidentes fatais com o MAX, ocorridos na Indonésia e na Etiópia, mataram 346 pessoas, em 2018 e 2019.
A Southwest Airlines será a cliente de lançamento (launch customer) da aeronave que poderá transportar até 172 passageiros com alcance de 3.800 milhas náuticas, o equivalente a 7.040 quilômetros. A transportadora com sede em Dallas, nos Estados Unidos, possui compromisso para 346 unidades da versão -7.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 05/01/2024, às 12h45
+lidas