Boeing registrou prejuízo de US$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre, empresa reduziu meta anual de entrega do aviões 737 MAX
A Boeing reduziu hoje (25), a meta de entrega anual do 737 MAX, em meio aos problemas de qualidade da fornecedora Spirit AeroSystems, responsável por grande parte da estrutura do avião de fuselagem estreita.
No trimestre encerrado em setembro, a Boeing registrou prejuízo líquido de US$ 1,6 bilhão ante perdas de US$ 3,3 bilhões um ano antes. A receita no período cresceu 13%, para US$ 18,1 bilhões.
Diante dos problemas que afetam os jatos da família MAX, a empresa reduziu sua previsão de entregas dos jatos de fuselagem estreita de 400 a 450 aviões, para 375 a 400 unidades, e estima que 70 a 80 novos Dreamliners serão entregues em 2023.
A Boeing manteve os planos para aumentar o ritmo de produção de ambos os programas, e espera produzir por mês 38 unidades do 737 e cinco exemplares do 787, até o final deste ano.
"Estamos focados em promover a estabilidade em nossa cadeia de fornecimento e melhorar o desempenho operacional à medida que aumentamos constantemente as taxas de produção para atender à forte demanda", disse Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing.
Os atrasos nas entregas gerou uma margem operacional negativa de 4,5% entre os meses de julho a setembro. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, foram entregues 371 aviões.
Furos de fixação foram encontrados fora das conformidades e especificações na antepara traseira do 737 MAX. No início de outubro, a Boeing intensificou o escopo das inspeções em conjunto com a Spirit Aerosystems, responsável por 70% da estrutura da aeronave, incluindo sua fuselagem.
No final do trimestre a carteira de pedidos da Boeing totalizava mais de 5.100 aviões comerciais, no valor de US$ 469 bilhões. A empresa reafirmou a orientação entre US$ 4,5 e 6,5 bilhões de fluxo operacional.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 25/10/2023, às 10h40
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