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Novos termos contratuais

Boeing e fornecedora assinam acordo para estabilizar produção

Boeing e Spirit Aerosystems querem mitigar os desafios operacionais atuais para apoiar o crescimento das entregas de novos aviões


Empresas aumentaram as inspeções no 737 MAX - Divulgação
Empresas aumentaram as inspeções no 737 MAX - Divulgação

A Boeing e a Spirit Aerosystems anunciaram hoje (18), a assinatura de um acordo preliminar para estabilizar a produção, melhorar a qualidade, previsibilidade e apoiar o aumento das entregas de novos aviões.

O fortalecimento estrátegico entre as empresas acontece em meio aos esforços para mitigar os problemas de qualidade encontrados durante a montagem do Boeing 737 MAX, principal produto da tradicional fabricante de aeronaves.

O memorando do acordo estabelece uma ampla renegociação dos termos de contrato de todos os programas da Boeing, com aumento recorrrente nos preços das peças do 787 pelos próximos doze meses e reduções nos valores da fuselagem e componentes do 737, com vigência entre 2026 a junho de 2033.

A Boeing também fornecerá um financiamento para ferramentas e capital até 2025 para certos aumentos planejados e potenciais nas taxas de produção, uma parte dos quais no valor de aproximadamente US$ 100 milhões será recebida dentro de dez dias úteis.

"Este esforço conjunto para sincronizar os nossos sistemas de produção permitirá uma maior capacidade de resposta do mercado e garantia de entrega", disse o presidente e CEO da Spirit AeroSystems, Patrick M. Shanahan.

Boeing e a Spirit Aerosystems ampliaram o escopo das inspeções nas fuselagens do MAX, após a indentificação em agosto passado de furos de fixação fora das especificações na antepara de pressão traseira da aeronave.

A fornecedora com sede em Wichita, nos Estados Unidos, é responsável por 70% da estrutura dos atuais 737. Os furos na antepara traseira são feitos de forma manual com uma furadeira automatizada.

O problema de qualidade afeta cerca de 165 aeronaves estocadas no final do segundo trimestre. A falha tem afetado diretamente as entregas e impactará nos resultados financeiros do terceiro trimestre, com redução das receitas de ambas as empresas.

Em meio aos desafios foram realizadas as entregas de 27 aviões em setembro, sendo que mais da metade são referentes as aeronaves de fuselagem estreita. Em sua última projeção, a Boeing estimava entregar entre 400 a 450 unidades do 737 MAX durante o exercício fiscal de 2023. 

Por Wesley Lichmann
Publicado em 18/10/2023, às 10h25


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