Financiamento avaliado em aproximadamente R$ 6 bilhões permitiu a venda de 39 aviões da Embraer nos EUA
A exportação de 39 aviões da Embraer para os Estados Unidos contou com um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O acordo, avaliado em aproximadamente R$ 6 bilhões favorece três contratos com empresas aéreas norte americanas e auxiliou no reforço da balança comercial brasileira.
Tradicionalmente o BNDES financia a venda de aviões da Embraer no exterior, que neste caso incluiu acordos com a Skywest Airlines, American Airlines e Azorra Aviation Holdings.
“O apoio que recebemos para a exportação de nossas aeronaves é fundamental para consolidarmos o nosso crescimento e ampliarmos a nossa presença global”, afirmou Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer.
Os 39 aviões financiados pelo BNDES preveem a exportação de dez E175 para a Skywest e outros onze aviões do mesmo modelo para a American Airlines. Por fim, ainda estão inclusos até dezoito jatos da família E2, composta pelos E190-E2 e E195-E2, para a empresa de leasing Azzora Aviation, que deverá definir a variante de acordo com as necessidades do mercado.
Ao longo do ano passado o banco de fomento financiou um total de 67 aviões comerciais da Embraer, com valor total estimado em R$ 10 milhões, com entregas que devem se estender até meados de 2025.
“A atuação do Banco [BNDES] não beneficia apenas a Embraer, mas contribui também para a geração de milhares de empregos de alta qualificação no Brasil e para o aumento da exportação de produtos de alto valor agregado”, afirmou Neto.
O primeiro acordo de financiamento entre o BNDES e a Embraer ocorreu em 1997, após a certificação dos jatos regionais ERJ 145, na época os primeiros aviões a jatos produzidos no Brasil e voltados para rotas de pequena e média capacidade. Desde então, o banco financiou à exportação de mais de 1.300 aeronaves da Embraer, que totalizaram mais de R$ 125,6 bilhões.
“O BNDES, como agência de crédito à exportação brasileira, tem entre os seus objetivos, oferecer condições que garantam igualdade de competitividade ao exportador brasileiro no mercado internacional, gerando emprego e renda no Brasil”, pontuou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Em nota oficial, o BNDES afirma que as três operações recém aprovadas, as da American Airlines e Azorra contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE) com lastro no Fundo Garantidor de Exportação (FGE) e recolherão aproximadamente R$ 300 milhões em novos prêmios de seguro para o fundo.
O FGE foi criado para oferecer cobertura às garantias prestadas pela União nas operações do SCEe garante as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais, incluindo um eventual não pagamento por falência ou mora, por riscos políticos (moratórias, guerras, revoluções, entre outros) e desastres naturais ou crises sanitátias que possam afetar a produção ou a comercialização de bens e serviços brasileiros no exterior.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 04/01/2024, às 14h45
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