AERO Magazine
Busca

Declaração Presidencial

Biden diz que objetos abatidos não tem ligação com balão chinês

Em coletiva do presidente Joe Biden disse que objetos não tinham ligação com balão chinês e que os militares seguirão abatendo qualquer ameaça


Balão abatido foi o primeiro de outros três abates feitos pelos F-22 Raptor - Divulgação
Balão abatido foi o primeiro de outros três abates feitos pelos F-22 Raptor - Divulgação

O presidente Joe Biden, em um pronunciamento ontem (15), disse que os três objetos não identificados que foram abatidos na semana passada não têm ligação com o balão chinês destruído no último dia 4 de fevereiro.

O balão chinês foi descrito como arma de espionagem chinesa contra os Estados Unidos e após cruzar o país de Norte a Sul foi abatido por um F-22 Raptor. Já os três outros objetos, por ora, não tem ligação direta com o fato.

“Ainda não sabemos o que eram esses três objetos, mas nada no momento sugere que estivessem relacionados ao programa de balões espiões da China ou que fossem veículos de vigilância de qualquer outro país”, disse Biden, na Casa Branca. Também foi informando que os objetos “provavelmente [eram] ligados a empresas privadas, instituições recreativas ou de pesquisa”.

O presidente dos EUA disse que manterá a vigilância e controle sobre objetos que sobrevoem o país e sejam considerado uma ameaça aos interesses nacionais. "Se algum outro objeto apresentar uma ameaça à segurança do povo americano, eu o derrubarei",, afirmou Biden

A Casa Branca ainda informou que, após o episódio do balão chinês, os radares de defesa aérea tiveram seus níveis de sensibilidade aumentandos para rastrear objetos mais lentos e em menor altitude. Também serão implantadas outras medidas para melhorar a capacidade de detectar objetos não tripulados em todo o espaço aéreo dos Estados Unidos.

A ordem de destruir os três objetos teve como razão o risco ao tráfego aéreo comercial em relação a altitude em que voavam, todos próximos ao nível de voo regular da aviação civil. Além disso, não foi confirmado pelas autoridades possíveis metódos de vigilância a instalações sensíveis dos EUA.

As buscas pelos destroços se concentram no Alasca, no Lago Huron (no estado de Michigan) e em Yukon, no Canadá. Até onde se sabe, por enquanto, foram achados apenas os destroços do balão chinês, na costa da Carolina do Sul.

Relembre os casos

Tudo começou no dia 4 de fevereiro, quando um balão chinês sobrevoou os Estados Unidos alertando as autoridades para a possibilidade de espionagem. O enorme balão foi abatido por um F-22 Raptor, que lançou um míssil AIM-9X Sidewinder. 

Washington alega que o aeróstato era de vigilância e inteligência, já Pequim condenou a ação e afirmou que o balão tinha fins de pesquisa meteorológicas, mas que acidentalmente saiu da rota planejada. Além disso, exigiu a repatriação dos destroços, o que foi ignorado pelos Estados Unidos.

Na sexta-feira (10), outro F-22 Raptor abateu um objeto não identificado, que desta vez sobrevoava o Alasca. As autoridades não deram muitos detalhes, mas afirmaram que o objeto era do tamanho de um carro pequeno e estava a uma altitude de 40.000 pés, o que representaria um risco à aviação civil. Militares ainda estão nas buscas dos destroços.

Um dia depois, no sábado, mais uma vez o Raptor abateu um objeto, desta vez sobre o Canadá. A ação que foi coodernada entre os países possibilitou atingir em segurança o alvo. Os canadenses já iniciaram as buscas pelos destroços.

No domingo (12), caças F-16 abateram um terceiro objeto, desta vez sobre o Lago Huron, no estado de Michigan, próximo a fronteira com o Canadá e mais uma vez foi utilizado o míssil AIM-9X Sidewinder.

  • Receba as notícias de AERO diretamente das nossas redes sociais clicando aqui

Banner

Por André Magalhães
Publicado em 17/02/2023, às 09h40


Mais Notícias