Segundo voo em cinco dias reforça presença militar dos EUA e integra ações de vigilância no entorno da Venezuela

Pela segunda vez em cinco dias, bombardeiros B-52 dos Estados Unidos cruzaram o Caribe em meio ao aumento da pressão de Washington sobre o regime de Nicolás Maduro, reforçando a presença militar americana na região.
O mais recente voo ocorreu em 24 de novembro, quando um dos aviões deixou a Base Aérea de Minot, na Dakota do Norte, e avançou até a proximidade do litoral venezuelano.
Dados de rastreamento do Flightradar24 mostram que dois B-52 iniciaram a missão seguindo para o sudeste dos Estados Unidos antes de tomarem voarem para o Caribe. Apenas uma das aeronaves prosseguiu até a área próxima ao espaço aéreo da Venezuela, mantendo o transponder ativo durante todo o deslocamento. O bombardeiro contou com escolta de caças F/A-18 da Marinha e voou em rota paralela ao litoral, com passagem registrada ao norte de Caracas.
Na semana anterior, B-52 também foram empregados no Caribe. As operações com bombardeiros se inserem em um cenário mais amplo de pressão diplomática e militar exercida pela Casa Branca sobre o governo Maduro, acusado de apoiar o narcotráfico internacional.
Paralelamente aos voos de dissuasão com bombardeiros, os EUA intensificaram ações contra embarcações utilizadas pelo tráfico de drogas no entorno da Venezuela. A administração norte-americana reconhece ter realizado mais de 20 ataques aéreos contra esses alvos, resultando em dezenas de mortes. O governo Trumo justifica as ações ao enquadrar cartéis de drogas como organizações terroristas que representariam ameaça direta ao país.
Durante as missões contra cartéis sul-amercianos os Estados Unidos voam próximo da Venezuela com caças F-35B, drones MQ-9 Reaper, aeronaves de ataque AC-130, além do P-8 Poseidon de patrulha marítima. Esses meios integram a Operação Southern Spear, voltada ao acompanhamento de rotas aéreas e marítimas associadas ao narcotráfico no Caribe.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 26/11/2025, às 16h00
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