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Azul estuda usar lei de falências dos EUA para reestruturar dívidas

A Azul estuda adesão ao Chapter 11 nos EUA após não concluir acordos com credores no prazo


Um acordo com a holding Abra pode unir operações da Azul com a Gol - Guilherme Amancio
Um acordo com a holding Abra pode unir operações da Azul com a Gol - Guilherme Amancio

A Azul Linhas Aéreas iniciou tratativas para estender prazos com credores e evitar um possível pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, via Chapter 11, enquanto aguarda a liberação de uma eventual ajuda financeira do governo federal.

Segundo informações da Veja Negócios, analistas estimam que a companhia precisará captar R$ 900 milhões para honrar compromissos com seus credores. O prazo oficial para a formalização desses acordos encerrou-se na última quarta-feira (30), o que intensificou as discussões sobre alternativas financeiras para a empresa.

Como parte das negociações, a Azul ofereceu a unidade de cargas, Azul Cargo, como garantia de crédito. A companhia também busca apoio dentro do pacote emergencial de até R$ 4 bilhões prometido pelo governo para socorrer empresas aéreas brasileiras com dificuldades operacionais.

A mais recente movimentação estratégica da Azul ocorreu em janeiro, com o anúncio de um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) não vinculante com a holding Abra, que controla a Gol e a Avianca. O acordo visa integrar, de forma complementar, as malhas das companhias aéreas — que atualmente têm cerca de 90% de rotas não sobrepostas — respeitando a manutenção de marcas e estruturas operacionais distintas.

Além disso, em fevereiro, o Conselho de Administração da Azul aprovou um plano de aumento de capital que poderá chegar a R$ 3,37 bilhões. A operação, que visa fortalecer a estrutura financeira da companhia, prevê a emissão de até dois bilhões de ações ordinárias e mais de 722 milhões de ações preferenciais.

Por Gabriel Benevides
Publicado em 05/05/2025, às 17h57


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