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Azul desfaz codeshare com a Latam e fala em consolidação do mercado

Empresa acredita em retomada após a pandemia e estabelece posição favorável frente as rivais


Airbus A330 da Azul

Azul se tornou a maior empresa aérea brasileira em abril e se prepara para consolidação do setor | Foto: Gabriel Benevides

Em nota oficial ao mercado a Azul informou que encerrou o acordo de compartilhamento de voos com a Latam, em um movimento que considera de consolidação do setor.

A companhia destacou que o movimento de consolidação é uma tendência do setor no pós-pandemia e que contratou consultores para avaliar ativamente as oportunidades existentes no mercado.

“No fim do primeiro trimestre desse ano, contratamos consultores financeiros e estamos estudando ativamente oportunidades de consolidação. Acreditamos que o encerramento do codeshare pela LATAM seja uma reação ao processo de consolidação”, destacou John Rodgerson, CEO da Azul.

A Azul se tornou a maior empresa aérea brasileira no último mês, com considerável retomada do mercado de voos domésticos e melhora nas taxas de ocupação gerais. Desde a incorporação das operações com a Trip, há quase uma década, a Azul não se movimentava em direção a nenhum processo amplos de consolidação de mercado. A excessão foi a compra da TwoFlex, que operava apenas destinos de baixa demanda, com uma frota de Cessna Caravan.

Nos últimos anos a empresa ampliou sua presença no mercado regional, incluindo a criação de rotas sub-regionais na alta estação, aproveitando o potencial turístico de diversos destinos no país. Além disso, também ampliou sua presença no mercado internacional, ampliando a frota de Airbus A330neo e recebendo novos A321neo que poderão também voar para o exterior, em rotas de média capacidade e distância.

“A Azul está emergindo desta crise em uma posição de liderança em termos de liquidez, recuperação de malha e vantagens competitivas. Nossos planos não mudaram e estou confiante de que estamos na melhor posição para buscar alternativas estratégicas neste momento”, afirma Rodgerson.

A Azul não divulgou maiores informações sobre seus planos futuros, mas afirmou que está em busca de novas oportunidades.

Por outro lado, a Latam enfrenta um complexo processo de reestruturação, incluindo a abertura do processo da lei de falências em Nova York, através do Capítulo 11. A empresa sul-americana, com sede no Chile e operações em diversos países da América do Sul, incluindo o Brasil, também está enxugando a frota, devolvendo diversos aviões, como a totalidade da frota de Airbus A350.

A expectativa é que a Latam saia da crise menor do que era em meados de 2019, iniciando uma nova fase de negócios, visando manter a saúde operacional enquanto cresce baseada na demanda projetada para os próximos anos.

Todavia, a Latam anunciou planos de ampliar no curto prazo a frota de aviões A320 no Brasil, assim como a recontrataão de até 750 pilotos e comissários até o final do ano. A empresa também planeja operar em torno de 90% de seus voos até dezembro de 2021.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 25/05/2021, às 14h20 - Atualizado às 15h33


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