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Mais de 550 km/h

Avião elétrico atingiu a incrível velocidade de 555,9 km/h

Rolls-Royce reivindica recorde mundial de velocidade que superou em mais de 100% a marca anterior


Spirit of Inovation da Rolls-Royce

Aeronave pode ter alcançado mais que o dobro da velocidade do recorde anterior. | Foto: Rolls-Royce

A Rolls-Royce, fabricante inglesa de motores, afirma que quebrou o recorde mundial de velocidade de uma aeronave elétrica, atingindo a marca de 555,9 km/h. O feito aconteceu no último dia 16, na localidade de Boscombe Down, na Inglaterra.

Segundo a empresa, o avião batizado de Spirit of Inovation (Espírito de Inovação), avaliado em US$ 8,1 milhões (R$ 45,2 milhões) teria atingido a maior velocidade entre aeronaves elétricas. Os dados foram enviados à Federação Aeronáutica Internacional (FAI), na Suíça, para análise e posterior ratificação.

Se confirmado, o Spirit of Inovation vai superar o recorde em vigor desde março de 2017, obtido pelo eAircraft 330LE, da Siemens, que estabeleceu a velocidade máxima de 213 km/h. O modelo britânico mais que dobrou a marca do modelo alemão.

O avião da Rolls-Royce foi modificado em conjunto com a Electroflight, empresa especializada em aeronaves elétricas e a Yasa, desenvolvedora de motores elétricos. O coração das modificações está em uma bateria de corrente direta (DC) de íons de lítio de 450 kg, que foi projetada para velocidade de carregamento em vez de resistência. O célula foi desenvolvida a partir das baterias que conduzem ferramentas elétricas, permitindo rápido descarregamento.

A chave para a bateria tem sido a reembalagem das células para tentar entregar cerca de 155 wH/kg, enquanto a caixa da bateria foi projetada para conter uma situação potencial de fuga térmica. A bateria fornece energia para três motores de 753 kW galvanizados, que dão à aeronave uma potência de 400 kW, o equivalente a quase 550 cv.

"Voar o ‘Spirit of Inovation’ a velocidades incríveis e acreditar que quebramos o recorde mundial de voo totalmente elétrico é uma fato importante", disse Phill O'Dell, piloto-chefe de testes. O projeto teve investimentos de £ 6 bilhões (R$ 44,9 bilhões).

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Marcel Cardoso
Publicado em 22/11/2021, às 14h15 - Atualizado às 17h54


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