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Aviação nacional manteve tendência de reaquecimento em novembro

Mercado doméstico cresceu 15,7% quando comparado com outubro


Demanda doméstica apresentou melhora ao longo do ano, mas está distante dos números de 2019

A aviação comercial brasileira manteve uma tendência de reaquecimento durante o mês de novembro, com a demanda por voos domésticos crescendo 15,7% quando comparado com outubro. Já a oferta teve expansão de 8,6% na mesma comparação.

O resultado de novembro, quando comparado com o mesmo período de 2019, registrou queda de 34,5% no número de passageiros quilômetros transportados (RPK). A oferta, calculada em assentos quilômetros ofertados (ASK), por sua vez, teve retração de 35,7% na mesma comparação.

Ainda que apontem resultado negativo quando comparado com o ano passado, o mês de novembro confirmou uma disposição de retomada importante do transporte aéreo regular no penúltimo mês do ano. Com isso, o aproveitamento dos aviões foi de 84,2%, um aumento de 1,7 ponto percentual. Ao todo, foram transportados 4,8 milhões de passageiros, uma diminuição de 40,7% diante de novembro de 2019.

O transporte de passageiros no mercado internacional (RPK) recuou 85,3% em novembro, diante do mesmo mês do ano passado. A oferta (ASK) teve redução de 70% na comparação anual. Ainda impactam nas viagens para o exterior as normas sanitárias adotadas por diversos países, aliados as incertezas quanto a viabilidade de realizar viagens de negócios ou lazer.

O reflexo foi na taxa de ocupação dos aviões que ficou em 40,6%, uma queda de 42,4 pontos percentuais. No total, foram transportados 237,9 mil passageiros, uma queda de 86,8% na comparação anual. Contudo, em relação a outubro, a demanda por voos internacionais aumentou 14,2% e a oferta 7,4%.

Já o transporte de cargas, incluindo correio, teve retração de 21,3% em novembro, em reação ao mesmo período de 2019. No mercado internacional, a redução foi de 4,7% na mesma comparação.

O setor aéreo regular deverá ter uma normalização caso as vacinas aprovadas comprovem sua eficácia e consigam imunizar a maior parte da população global. Uma retomada completa da demanda, próximo dos números de 2019, só deverá ser sentida em meados de 2022. Porém, ao menos dois anos antes do previsto no auge da crise.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 23/12/2020, às 16h25 - Atualizado às 16h48


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