Pouco conhecida pelo público a aviação de reconhecimento é responsável por coletar informações estratégicas
A aviação de reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB) completou hoje (24) seus 75 anos de existência. Embora pouco conhecida pelo público em geral, o reconhecimento aéreo é um dos mais importantes na aviação militar, sendo responsável por coletar informações estratégicas.
Tendo como missão reconhcer alvos e pontos de intesse militar, o trabalho é um dos mais importantes de toda força aérea. O uso de meios aéreos foi um dos primeiros trabalhos da aviação, ainda na era dos balões.
No dia 24 de junho de 1947 foram realizadas as primeiras missões de reconheciemento da FAB. Mas para isso foi necessário fazer adaptações nos veteranos aviões de bombardeiro e ataque A-20 Havoc, que tiveram suas metralhadoras substituídas por câmeras.
Em 1965, foram criadas as Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque (ERA), que tinha como objetivo executar missões de repressão ao contrabando, patrulhamento de fronteiras, reconhecimento fotográfico e visual, além de apoiar o bombardeamento de plantações de drogas.
Hoje, a FAB emprega modernas aeronaves tripuladas e remotamente pilotadas nas missões de reconhecimento, entre elas os avançados Embraer E-99 e R-99, bem como os drones RQ-450, RQ-900 e RQ-1150 que permanecem em prontidão para missões de Controle e Alerta, além outras operações de reconhecimento.
Também são operados o RA-1, versão especializada do A-1 AMX equipado com sistemas de sensores. As aeronaves do Esquadrão Poker, sediado no Rio Grande do Sul, são usados especialmente no reconhecimento visual, fotográfico, meteorológico e estratégico.
O Brasil ainda conta com o moderno Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), que foi desenvolvido nos anos 1990 e recebeu importantes modernizações ao longos das últimas duas décadas, além de ter sido responsável pela criação dos já sitados E-99 e R-99, aeronaves baseados no Embraer EMB 145.
No mundo o reconhecimento aéreo é uma das atividades mais importantes para o planejamento estratégico e de segurança nacional, modelos como os U-2 e SR-71 Blackbird, assim como os MiG-25 se tornaram lendários neste tipo de atividade.
Por André Magalhães
Publicado em 24/06/2022, às 16h00
+lidas