Fabricante espera encerrar o ano com até 35 aviões entregues, ante 67 aeronaves produzidas em 2019
A maior parte dos desligamentos da ATR devem atingir a divisão francesa, com 186 postos de trabalho afetados
A franco-italiana ATR deverá reduzir a produção de seus turbo-hélices em 50% nos próximos meses e anunciou que vai demitir 204 funcionários, sendo 186 na França, como resposta ao novo cenário gerado pela covid 19.
A ATR, atualmente o maior fabricante de aviões comercias turbo-hélices, entregou 67 aviões no ano passado e espera finalizar entre 30 e 35 ao longo deste ano. O fabricante ainda neocia com os sindicatos acordos para finalizar o processo de enxugamento do quadro de funcionários ainda durante o outono, no hemisfério norte.
Um dos desafios do setor aeroespacial é vencer a fase de incertezas, com a maior parte das empresas aéreas suspendendo ou cancelando encomendas. Com uma carteira de pedidos amplamente dependente dos humores da economia, a ATR enfrenta a maior crise de sua história após a pandemia atingir especialmente seus mercados chaves, incluindo o Brasil
O setor de aviação regular espera que a retomada das viagens deve inicialmente beneficiar a aviação regional, por sua maior capilaridade e uso de aeronaves com menos assentos, o que torna viável a manutenção de diversos voos.
A ATR trabalha na manutenção da carteira de pedidos e ainda no desenvolvimento de novos projetos que possam abrir futuros mercados, como a versão de decolagem e aterrissagem curta dos ATR 42-600S e do cargueiro ATR 72-600F.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 07/07/2020, às 13h30 - Atualizado às 13h59
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