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Quase um ano no espaço

Astronauta da Nasa retorna à Terra após 355 dias no espaço

Astronauta ficou no espaço por 355 dias e retornou à Terra em uma nave russa


Astronautas e cosmonautas realizam muitas experiências cientificas a bordo da ISS - Nasa
Astronautas e cosmonautas realizam muitas experiências cientificas a bordo da ISS - Nasa

O astronauta da Nasa, Mark Vande, quebrou o recorde de um norte-americano com mais tempo no espaço ao ficar por 355 dias na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A missão teve início no dia 9 de abril de 2021, quando Vande foi lançado por um fogute russo juntamente com seus colegas Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov.

O trio retornou à Terra nessa quarta-feira (30). Embora o cosmonauta Pyotr Dubrov também tenha permanecido na ISS por 355 dias, no que também foi sua primeira ida ao espaço, ele não atingiu as marcas do compatriota Valeri Polyakov, que passou 437 dias no espaço na década de 1990.

O astronauta da Nasa e os cosmonautas da Roscosmos (agência espacial russa) pousaram a bordo da cápsula da nave Soyuz em um deserto no Cazaquistão.

“Apoiando as metas da Nasa para futuros pousos humanos na Lua, Vande Hei completou aproximadamente 5.680 órbitas da Terra e uma jornada de mais de 150 milhões de milhas, aproximadamente o equivalente a 312 viagens à Lua e de volta”, publicou a Nasa.

Parceria afetada pela guerra:

Este foi o primeiro retorno de norte-americanos e russos à Terra depois que começou a guerra na Ucrânia. As tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a Rússia afetaram as relações no setor aeroespacial entre os países.

Os russos não irão fornecer mais motores de foguetes ao norte-americanos, como resposta as sanções impostas à Rússia.

Este atrito pode prejudicar ainda o funcionamento no médio prazo da estação espacial. A maioria dos módulos são dos dois países, com cada agência sendo responsável por sistemas específicos do laboratório espacial.

Além disso, quando a Nasa aposentou o Ônibus Espacial, os russos lançaram astronautas norte-americanos por 11 anos. Durante este período os Estados Unidos e vários outros países tiveram apenas as naves e foguetes russos como meio de transporte até a ISS.

Com a chegada da SpaceX com suas naves Dragon, os EUA voltaram a ter independência em lançar astronautas em missões espaciais. Mas a operação da ISS ainda depende de uma parceria vital entre a Rússia e os Estados Unidos.

Recentemente a Nasa tem afirmado que não tem motivos para acreditar no fim da parceria e que os trabalhos entre os dois países continua ocorrendo de forma profissional. Já a Roscosmos chegou a divulgar um vídeo onde mostrava o módulo russo deixando a ISS. Porém, apesar da pressão política, a agência russa não apresentou nenhum sinal que planeja abandonar o projeto no curto prazo.

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Por André Magalhães
Publicado em 31/03/2022, às 09h25


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