Boeing planeja cortar cerca de 17.000 funcionários nos próximos meses, como parte de seu plano de restruturação
A Boeing entregou avisos de demissão a mais de quatrocentos funcionários sindicalizados, como parte de uma série de cortes que pode impactar 10% de sua força de trabalho nos próximos meses.
De acordo com a Associated Press, os demitidos permanecerão na folha de pagamento da empresa até meados de janeiro. Kelly Ortberg, CEO do fabricante, disse que as demissões são necessárias para alcançar a recuperação financeira. Segundo o sindicato que representa o setor aeroespacial, as demissões iniciais atingiram funcionários em pelo menos duas bases, mas que um número maior de cortes está previsto para o início de 2025.
A greve dos funcionários da Boeing, encerrada no início de novembro, levou a um acordo que prevê aumentos salariais de dois dígitos percentuais.
O fabricante norte-americano está estudando a possibilidade de vender a Jeppesen, sua empresa fornecedora de cartas de navegação aérea, por um valor estimado de US$ 6 bilhões (R$ 34,7 bilhões). A medida faria parte do plano para reduzir a dívida do grupo, que atualmente alcança a marca de US$ 58 bilhões (R$ 335,2 bilhões).
O objetivo seria concentrar os negócios em ativos atrelado apenas as operações centrais de aviação comercial e defesa. Segundo fontes anônimas citadas pela agência Bloomberg, a venda seria uma das principais ações do CEO da Boeing, Kelly Ortberg, para fortalecer o balanço patrimonial da empresa.
A Jeppesen foi adquirida pela empresa em 2000 por US$ 1,5 bilhão (R$ 8,67 bilhões), e desde então a companhia tem se mostrado uma fonte estável de receita.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 18/11/2024, às 09h06
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