Autoridades da Nigéria liberaram parte das receitas de passagens aéreas que estavam bloqueadas
O Banco Central da Nigéria liberou US$ 265 milhões (R$ 1,36 bilhão) em receitas de passagens aéreas que foram retidas pelo país nas últimas semanas. O montante representa pouco mais de 55% dos US$ 464 milhões (R$ 2,38 bilhões) que o governo do país bloqueou das companhias aéreas.
Central Bank of Nigeria releases $265 million to airlines to settle outstanding ticket sales. A breakdown of the figure indicates that the sum of $230 million was released as special FX intervention while another sum of $35 million was released through Retail SMIS auction. #CBNpic.twitter.com/DUcpfPjqOJ
— Central Bank of Nigeria (@cenbank) August 26, 2022
O valor corresponde à soma de US$ 230 milhões (R$ 1,18 bilhão), liberados como uma espécie de intervenção especial de câmbio, e outros US$ 35 milhões (R$ 179,3 milhões), por intermédio de um leilão de varejo.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) viu com bons olhos a decisão das autoridades financeiras do país africano. “Continuaremos a nos envolver com o governo para acelerar a liberação do valor restante, para que as companhias aéreas possam continuar fornecendo a conectividade que a Nigéria exige sem interromper e prejudicar sua economia e os empregos”, de acordo com um comunicado divulgado pela entidade.
A Emirates, que havia anunciado suspender todos os voos de Dubai (DXB) para três destinos nigerianos a partir de amanhã (01), conforme AERO Magazine informou, decidiu retomar as operações no próximo dia 11, mas apenas para Lagos (LOS), maior cidade do país, segundo informou o jornal Businessday, citando uma circular enviada a agentes de viagens.
O bloqueio de recursos oriundos de vendas de passagens provocou um impacto negativo no setor aéreo local, afetando principalmente as companhias aéreas estrangeiras. O problema não está restrito à Nigéria. Segundo a Iata, mais de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,2 bilhões) em receitas foram bloqueados por 20 países, sendo a maior parte apenas no continente africano.
Marcel Cardoso
Publicado em 31/08/2022, às 06h26
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