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Airbus adquire fábricas de fornecedor da Boeing

Airbus assina acordo para assumir fábricas da Spirit AeroSystems dedicadas a aviões comerciais


Airbus fecha compra de ativos da Spirit AeroSystems ligados a programas da sua divisão de aviões comerciais - IATA
Airbus fecha compra de ativos da Spirit AeroSystems ligados a programas da sua divisão de aviões comerciais - IATA

A Airbus anunciou hoje (28), a assinatura de um acordo definitivo para adquirir ativos industriais da Spirit AeroSystems, dedicados à fabricação de componentes para seus aviões comerciais. Os ativos haviam sido incorporados pela Boeing em julho de 2024.

A transação, prevista para ser concluída no terceiro trimestre, abrange fábricas nos Estados Unidos, França, Marrocos, Irlanda do Norte e Escócia. Pelo acordo, a Airbus assumirá o controle das unidades de produção de seções de fuselagem do A350 em Kinston (Carolina do Norte) e St. Nazaire (França), além da fábrica em Casablanca (Marrocos), responsável por componentes do A321 e do A220.

O fabricante europeia também passará a gerir a produção de pylons do A220 em Wichita, nos EUA e a fabricação de asas e da seção intermediária da fuselagem do A220 em Belfast, na Irlanda do Norte. A transferência poderá ser parcial, caso a Spirit AeroSystems encontre um comprador para parte da operação.

Além disso, a Airbus integrará a produção de componentes de asas para os modelos A320 e A350 na unidade de Prestwick, na Escócia. Já a planta da Spirit AeroSystems em Subang, na Malásia, será vendida a terceiros, conforme decisão da própria empresa.

O valor da transação foi ajustado para US$ 439 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões), a serem pagos pela Spirit AeroSystems à Airbus, sujeitos a ajustes no fechamento. A Airbus também firmou um memorando de entendimento para conceder linhas de crédito sem juros de até US$ 200 milhões (R$ 1,14 bilhão), destinados a apoiar programas em andamento.

A operação busca fortalecer a estabilidade da cadeia de suprimentos da Airbus, consolidando a produção de componentes estratégicos sob sua gestão direta. A conclusão do negócio está sujeita à aprovação de autoridades regulatórias e ao cumprimento de condições habituais.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 28/04/2025, às 09h07


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