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Aeroporto de Salvador conquista certificação máxima de gestão de carbono

Aeroporto de Salvador é o primeiro do Brasil a conquistar a certificação internacional de carbono Nível 4+

Certificação reconhece redução de 89% nas emissões e compromete aeroporto a alcançar emissões líquidas zero até 2050 - Infraero

O aeroporto de Salvador (SSA) tornou-se o primeiro do Brasil a alcançar o Nível 4+ de “Transição” do programa Airport Carbon Accreditation, conferido pelo Conselho Internacional de Aeroportos.

A certificação reconhece o avanço na gestão e redução de emissões de carbono, alinhada às metas do Acordo de Paris para limitar o aquecimento global a menos de 2°C. O programa ACA é a única certificação de gestão de carbono voltada exclusivamente ao setor aeroportuário, com critérios rigorosos para a redução de emissões.

Para atingir o Nível 4+, o aeroporto reduziu em 89% as emissões dos escopos 1 e 2 em comparação com 2018 e compensou as emissões residuais com créditos certificados. A certificação exige ações em três frentes: controle das emissões diretas, gestão do consumo de eletricidade e engajamento dos parceiros para reduzir impactos ambientais na cadeia de valor.

A iniciativa integra a estratégia ambiental da VINCI Airports, que prevê reduzir em dois terços a pegada de carbono direta até 2030 e alcançar emissões líquidas zero até 2050. A política ambiental do grupo também inclui metas como eliminação do envio de resíduos para aterros até 2030, aumento do uso de energia renovável, redução pela metade do consumo de água e preservação da biodiversidade.

Desde o início da concessão, há sete anos, foram implementados projetos sustentáveis, como a geração de energia solar em duas usinas fotovoltaicas com capacidade total de 4,6 MWp. Uma das plantas atende 30% do consumo do terminal de passageiros, enquanto a outra abastece integralmente três unidades na área de cargas. Além disso, o aeroporto utiliza exclusivamente energia de fontes renováveis.

Outras iniciativas incluem um plano de colaboração com empresas parceiras para mitigar emissões do escopo 3, com destaque para a eletrificação de equipamentos de apoio em solo e a redução do uso de unidades auxiliares de energia (APU) das aeronaves, substituídas pelo fornecimento de energia elétrica (GPU) e sistemas de ar condicionado pré-condicionado (PCA).

A certificação ocorre em meio às comemorações da Semana do Meio Ambiente e reforça a relevância da agenda climática, especialmente com a aproximação da COP 30.