A Abear lançou novo posicionamento institucional e projeta 140 milhões de passageiros transportados por ano até 2030
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Abear, apresentou ontem (19), seu novo posicionamento institucional, voltado para a construção de um ciclo virtuoso da aviação nacional. O objetivo é alcançar 140 milhões de passageiros transportados por ano até 2030, com foco na inclusão da classe C no transporte aéreo.
O lançamento reuniu autoridades e executivos do setor, incluindo Tomé Franca, secretário-executivo do Ministério de Portos e Aeroportos; Marcelo Freixo, presidente da Embratur; Vander Costa, presidente da CNT; além de Juliano Noman, presidente da Abear, e CEOs das companhias aéreas Azul, Gol e Latam.
Durante a cerimônia, Tomé Franca destacou o desempenho recente do setor, que ultrapassou os níveis pré-pandemia. No primeiro semestre, o transporte aéreo registrou 61,8 milhões de passageiros, superando os 57,4 milhões de 2019.
“Este ano esperamos um número de passageiros transportados de 121 milhões e não temos dúvida de que esse número será ultrapassado”, disse. Segundo o Panorama Abear, os resultados representam crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2024, com seis milhões de passageiros adicionais.
Marcelo Freixo, presidente da Embratur, ressaltou a importância do transporte aéreo para o turismo brasileiro. Em 2024, o país recebeu 6,7 milhões de visitantes internacionais, número recorde, que gerou receita de US$ 7,3 bilhões (R$ 40,1 bilhões).
“Não há possibilidade de um turismo minimamente qualificado se não tiver relação de trabalho com as companhias aéreas. É uma atividade fundamental para o século 21”, disse Freixo.
Para Juliano Noman, presidente da Abear, o setor precisa alinhar políticas públicas e estratégias empresariais para garantir competitividade.
“Além da segurança, nossa obsessão é a agenda de redução de custos. Nosso objetivo é propor o debate de soluções que apontem para a melhora do ambiente de negócios e o aumento da competitividade das empresas brasileiras”, disse.
Entre os desafios citados está a judicialização, que deve gerar mais de R$ 1 bilhão em custos às companhias aéreas em 2025. “Temos que endereçar essa agenda que não reflete os altos indicadores de pontualidade e regularidade do transporte aéreo brasileiro”, completou Noman.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 20/08/2025, às 09h07
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