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Abear e ANAC debateram redução da judicialização no setor aéreo

Debate promovido entre Abear e ANAC visou soluções para reduzir a litigância no setor


Abear e entidades do setor discutiram sobre excesso de judicialização na aviação brasileira - Aena Brasil/Alvaro Neto
Abear e entidades do setor discutiram sobre excesso de judicialização na aviação brasileira - Aena Brasil/Alvaro Neto

Jurema Monteiro, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, participou na quarta-feira (26) da oficina “Redução da Judicialização”, promovida pela Agência Nacional de Aviação Civil, a ANAC.

O evento, realizado no auditório do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), contou com a presença de representantes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), do MPor, além de empresas aéreas como Gol, Latam, Azul e outras internacionais.

Durante a abertura do evento, Jurema Monteiro falou sobre a importância do debate sobre a judicialização no setor aéreo e destacou indicadores positivos do transporte aéreo no Brasil. No entanto, reconheceu a existência de lacunas, incluindo os altos valores gastos pelas empresas aéreas com ações judiciais no Brasil.

Yuri Cherman, gerente de Regulação das Relações de Consumo da ANAC, abordou a necessidade de conscientizar os consumidores e melhorar a comunicação. Segundo Cherman, muitos brasileiros acreditam que o serviço é mal prestado e desconhecem a plataforma Consumidor.gov. Ele ressaltou que a comunicação é uma área crucial que precisa ser trabalhada para mudar essa percepção entre os usuários do transporte aéreo no Brasil.

O evento também contou com a participação de Júlia Lopes, diretora do MPor, Marcelo Pedroso, diretor de Relações Externas da IATA no Brasil, e Paulo Costa, diretor jurídico e regulatório da ALTA. Os representantes discutiram a importância de criar um plano de ação e conscientizar a sociedade sobre os impactos financeiros da judicialização no setor aéreo, que eventualmente resultam no aumento do preço dos bilhetes aéreos.

O transporte aéreo brasileiro tem serviço de qualidade, com indicadores positivos e evolução ano a ano. Existem lacunas, mas que não justificam os altos valores despendidos anualmente pelas empresas aéreas nacionais e internacionais aqui no Brasil”, disse a presidente da Abear.

Após a abertura, a segunda parte do evento foi destinada à troca de informações e experiências entre os setores, buscando soluções e análises práticas. Representantes das companhias aéreas participaram ativamente. Os encaminhamentos deste debate serão discutidos em um novo encontro da ANAC, com data ainda a ser definida.

Por Micael Rocha
Publicado em 28/06/2024, às 09h42


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